domingo, 20 de novembro de 2016

SACERDOTES TRABALHANDO POR GANÂNCIA, COISAS DOS DIAS DE MIQUEIAS OU DA ATUALIDADE?

FONTE:http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2015/05/o-ponto-da-ganancia.html

Nas páginas bíblicas, profetizou Miqueias nos dias dos reis Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. Em seus dias, viu o profeta coisas estranhas, absurdas para serem usuais no meio do povo de Deus, os descendentes de Abraão:

"Ouvi, agora, isto, vós cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel, que abominais o juízo, e perverteis tudo o que é direito," (Mq 1.9)

E mais,

"Os seus cabeças dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá." (v. 11)

As denúncias de Miqueias não eram contra ímpios, povos que desde sempre tiveram por costume a idolatria e a prática de abominação aos olhos Senhor. Não. O povo objeto da denúncia profética era o povo de Deus, seu escolhido.

Pois bem, não é novidade que no Antigo Testamento o povo de Israel viveu altos e baixos em sua vida espiritual e moral. Talvez, o mais notório livro que trata do assunto seja o de Juízes, no qual a tônica que demonstra o comportamento povo é o fato de o escritor ter registrado, por mais de uma vez, que dentro o povo "cada um fazia o que achava mais reto".

Passaram-se muitos séculos, chegamos ao tempo da Graça, nos dias da Igreja cristã. Hoje, todos têm acesso ao Texto Sagrado [digo no Brasil e em boa parte do mundo], o que deveria ter como implicação o exame bíblico e a repulsa daquilo que com as Escrituras não é compatível (At 17.11). Infelizmente não é assim, pois muitos incautos e outros relaxados com o viver cristão não atentam para a advertência de Miqueias e sua aplicação para os dias de hoje. Ou seja, não veem que há aqueles que ensinam por interesse e outros profetizam por dinheiro. Outra classe de pessoas é a dos que ouvindo, sabendo e conhecendo não denunciam, mas compactuam.

Embora em regra o homem esteja inclinado a agir de forma a preservar sua vida, seus privilégios, seu status e não se levantar contra o que pode contra ele se voltar, Miqueias não agiu assim, mas abriu sua boca em tempos de crise e denunciou a opressão sobre os mais pobres e a falsa religiosidade dos líderes de Israel.

Estou convencido que o contexto de Miqueias é o mesmo da igreja brasileira. Sim! Pois embora haja muitos que por devoção santa sirvam ao Senhor na sua simplicidade e pureza de coração, outros, sabendo disto, usam da ocasião em benefício próprio. Daí, noticiar-se que um pregador estabelece tantos requisitos para "pregar a Palavra de Deus" em uma igreja e que seria mais fácil contratar uma estrela global a trazê-la em um culto; que um cantor fixa um cachê tão alto ("uma oferta de amor"), de modo que a cada cântico vai embora um mê$ de trabalho de alguns irmãos.

Miqueias tinha consciência do que estava errado, pois conhecia a vontade do  Senhor, Sua Palavra. Portanto, em nossos dias, aos que consentem que obreiros interesseiros roubem o povo de Deus, aos que participam e ainda repartem o "lucro" da lã, saibam que o Senhor está atento e a tudo vê. Os líderes gananciosos nos dias de Miqueias pensavam que ia tudo bem, pois nada de mal lhes ocorria (v. 11); mas estão enganados, pois a opressão e os bastidores de suas vidas religiosas estão descobertos perante o Senhor, o qual retribuirá caso não se arrependam.

Numa palavra apostólica de advertência, penso que é adequado aqui um texto do Novo Testamento, conselhos de Pedro aos que, como ele fez, cuidam do rebanho do Senhor:

"Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho."
(1 Pe 5.2,3)

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