Como músico na casa do Senhor me preocupo com o conceito que alguns cristãos tem tido de adoração, vários são os adoradores que não adoram com sua vida, usam os lábios e nada mais, mas como o Senhor Jesus disse acontece ainda hoje, um povo que O louva com os lábios mas tem o coração distante dEle.
Ouço vários cânticos que mexem, através de seus embalantes rítimos, com o corpo, mas analisando a letra de alguns....,então, algumas delas não falam nada acerca da genuína Palavra de Deus, mas esse é outro assunto.
Lendo algumas notícias cristãs encontrei esse texto que expressa, de forma bíblica, como deve ser nossa adoração que ultrapassa as barreiras dos cânticos e louvorzões, que está além de pronúncias labiais.
Talvez eu esteja generalizando, mas via de regra tenho a impressão de que a maioria das vezes em que somos orientados a exercitar a adoração, algo soa como a sugestão de uma ação que deveria surgir do sentimento de “obrigação religiosa”. Parece-me que temos sido estimulados a fazer adoração e, sinceramente, nada soaria mais estranho ao princípio Cristão, ensinado nas Escrituras, do que tal atitude.
Adoração pode estar, sucintamente, sendo transformada numa mera tarefa psicológica travestida de cunho “espiritual”.Não resta dúvida de que adoração tem caráter de ação. Porém, adoração não é movida por obrigação, mas pela condição existencial e pela realidade natural do coração. Se o que falei lhe pareceu confuso ou estranho, contemple o exemplo de Maria: sua adoração não foi comandada pelo anjo, mas vazou dos poros de sua mais profunda condição espiritual. Adoração fazia parte do seu ser. Adoração não foi uma tarefa para Maria, mas a resposta que ela manifestou à ação do Eterno em seu espírito. Adoração foi a reação de Maria.
Adoração pode estar, sucintamente, sendo transformada numa mera tarefa psicológica travestida de cunho “espiritual”.Não resta dúvida de que adoração tem caráter de ação. Porém, adoração não é movida por obrigação, mas pela condição existencial e pela realidade natural do coração. Se o que falei lhe pareceu confuso ou estranho, contemple o exemplo de Maria: sua adoração não foi comandada pelo anjo, mas vazou dos poros de sua mais profunda condição espiritual. Adoração fazia parte do seu ser. Adoração não foi uma tarefa para Maria, mas a resposta que ela manifestou à ação do Eterno em seu espírito. Adoração foi a reação de Maria.
VIDA E VIVÊNCIA
Ao longo dos anos presenciamos diversas reviravoltas no cenário litúrgico cristão: versões diferentes de hinos e hinários; mobílias que inspiram e/ou facilitam a “adoração” (bancos, cadeiras ou poltronas?); liturgia tradicional ou renovada; adoração reformada, pentecostal ou profética. A lista de exemplos poderia se expandir imensamente. Não que eu pense que estas fases sejam ruins, ilegítimas ou que já tenham findado. Pelo contrário, creio que são pertinentes, uma vez que o Corpo é um só, mas a diversidade de seus membros deve ser respeitada. E, ainda, vejo que nossa condição humana — tão volúvel — e a transitoriedade de nossos posicionamentos sociais podem nos levar a adotar expressões litúrgicas totalmente diferentes uns dos outros. A grande questão, no entanto, tem a ver com a essencialidade da adoração. Repetidas vezes ouvimos e afirmamos: “adoração é um estilo de vida”. Uma vez que essa declaração tem se tornado um de nossos muitos clichês, urge o momento de mudarmos nossa tática. Alguém já disse, há muito tempo, que “o maior ensino é o exemplo”.
Em nossa cultura religiosa, estilo de vida pode ser algo entendido de maneira parcial e tendenciosa, dependendo exclusivamente do contexto religioso, teológico e denominacional no qual está inserido. Portanto, penso que deveríamos conectar duas expressões existenciais em nossa adoração: vida e vivência.
A vida é a essência do nosso ser, quem somos. Ela pode ser vista e compreendida a partir do que somos. Se uma visita celestial veio ao nosso encontro (Jo. 1:10-14), tal como se deu com Maria, a vida passou a impregnar o nosso ser (II Co. 5:17). Uma ação divina se instaurou na direção de nossa existência. O favor de Deus se manifestou em nosso caminho e, por causa disso, somos levados a reagir a todo o momento, em todas as circunstâncias, dentro e fora das reuniões e dos templos, com o mais ardente espírito de adoração. Isto diz respeito agora à nossa vivência.
Existimos como adoradores. Todas as nossas atitudes agora devem expressar disponibilidade total de serviço e cumprimento da vontade de Deus, tal como foi a reação de Maria e o mandamento do nosso Senhor (Mt.6:33). Se adoração se tornar característica de nossa vivência, ela deixará de ser um elemento litúrgico ou rótulo de iniciativas ministeriais para se manifestar, novamente, como expressão de rendição e verdadeira demonstração de amor ao Senhor: um amor que transcenderá às costumeiras declarações que fazemos em nossos cânticos. Isso por que, segundo o Senhor Jesus, os que o amam são aqueles que obedecem à sua palavra (Jo. 14:21,23).
A adoração é, enfim, uma reação que surge de um espírito impregnado de voluntariedade, disponibilidade e serviço. Foi isso o que Deus achou em Maria. Isso faz com que mudemos a nossa perspectiva de adoração e, ainda, a nossa expectativa de culto. Afinal, se Deus vem a nós, em nossos encontros, reuniões e cultos, a nossa atitude adoradora deve ser uma só: “Reina em mim e cumpra em minha vida a sua vontade!” Amém.
Extraído de BWN
Joao Paulo Mendes
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