segunda-feira, 4 de agosto de 2008

APOLOGIA À ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS.


COM PRETENSA BASE BÍBLICA, ATAQUES À FÉ PENTECOSTAL
REVELAM TENTATIVA DE DESACREDITAR OS DONS ESPIRITUAIS

Por Antônio Mesquita

Depois de assistir a parte de um programa bizarro, por sua afronta aos que recebem o batismo no Espírito Santo e ação dos dons espirituais, não pude deixar de apresentar esta defesa da fé cristã.
É aviltante, mas tais ações não podem ficar sem resposta, embora tudo isso poderia se evitar, não fosse a presença de pessoas, que nem mesmo precisariam espirituais, porém um pouco mais inteligentes e tementes ao Senhor.
A exposição do programa de televisão, que se prestou a essa defesa infantil – para não dizer menina, como classificaria o apóstolo Paulo –, por seus argumentos, demonstrou mesquinharia e mediocridade. Para que outros não entrem pela mesma toleima desses insolentes, tomo a oportunidade de refutar e apresentar apologia da fé cristã.
Tomo a resposta que produzi, para responder a um artigo de cunho cessacionista, do tomo e insiro 14 itens, para refutar a idéia de que o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais foram somente para o tempo dos apóstolos.
Desta vez, os sujeitos, sem nenhuma base bíblica convincente, ou que poderia nortear suas farsas com bases nos textos originais. Para estes opositores se mostram do “o outro lado” à Palavra (Satã no hebraico (demônio) tem a raiz no verbo impedir, bloquear. Na tradução judaica Satã é “outro lado”), falar em línguas não passa da tradução da mensagem de uma determinada língua para outra, sem nenhuma intervenção do Espírito Santo, senão pelo aprendizado repentino da língua desconhecida em sua cultura (sic).
Imaginem quantas pessoas não se convertiam ao Evangelho somente para que pudessem aprender outras línguas? Quem sabe, já que crêem assim, eles não experimentassem montar escolas de aprendizado de línguas, se é tão simples assim, não é mesmo?!
Estes mesmos homens seriam como Simão, o Mágico que queriam, à moda desses “ensinadores televisivos” tomar o poder de Deus como simples variação humana e que, portanto, poderia negociá-lo.

AOS FATOS E AO TEXTO BÍBLICO

A Bíblia afirma que o derramar do Espírito foi para o tempo dos apóstolos e para o futuro: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar", Atos 2.39.

1) Os presentes (vós);
2) a vossos filhos (geração seguinte);
3) e a todos os que estão longe (gerações subseqüentes e distantes indicadas no imperativo do Senhor: “até os confins da terra”). Esta deve ser a interpretação do texto, pois a seqüência da idéia e da mensagem, diz isto.
Ora, na profecia de Joel, que trata do ocorrido citado por Pedro temos a idéia de abrangência mundial e não somente local, como sugere o irado crítico:
4) “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne...” (v17), “e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (v21);
5) O que se entende por “toda a carne”?, senão além dos judeus!;
6) Esse tipo de crítica irresponsável e agressiva é próprio de neófito, conforme ocorreu no Dia de Pentecostes. Enquanto alguns se maravilhavam (Atos 2.12), “...outros, zombavam” (v13);
7) “Nos últimos dias” (v17), não quer dizer em um único tempo. O texto está no plural e projetando o futuro. “últimos dias” fala em tempo do fim, que o próprio crítico cita, referindo-se a 1Timóteo 4.1, porém, torcendo-o, na tentativa humana e pessoal de justificar sua infundada tese: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos”;
8) O mesmo texto segue e fala em apostasia, caracterizada na idéia expressa desses homens. Apostasia é a “Separação ou deserção do corpo constituído (de uma instituição, de um partido, de uma corporação) ao qual se pertencia; Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã” (Aurélio);
9) Na seqüência, temos ainda a manifestação ministerial em Timóteo, ocorrida “à moda” pentecostal-tradicional, conforme diz o apóstolo Paulo, senão vejamos: “Não despreze o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério”, v14-15. O apóstolo Pedro volta ao tema ao tecer comentário da revelação salvação “no último tempo” (1Pedro 1.5);
10) Veja que dom (dom ministerial) fora revelado por profecia pelo Espírito Santo à igreja. Aqui não há nada de tradução de língua como tentar distorcer.
11) “naqueles dias” não se refere, com certeza (somente) ao “Dia” de Pentecostes, obviamente;
12) Ainda Atos 2.39, complementa: “Porque a promessa vos diz respeito s vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”;
13) No Dia do Pentecostes estavam em Jerusalém, não somente judeus, mas “judeus” e “varões religiosos, de todas as nações” (2.5), inclusive “forasteiros romanos”, v10. Deles, depois da indagação que deu origem ao texto acima (“a todos quantos o Senhor... chamar”), cerca de 3 mil pessoas receberam Jesus e passaram a formar a Igreja do Senhor (v41). Portanto, não somente judeus;
14) Os que não aceitaram o plano divino e até zombavam, foram nomeados de “geração perversa” (v40);
15)O batismo no Espírito Santo sempre esteve presente na história da Igreja, como indicam experiências de homens que marcaram época pela ação do Espírito divino em suas vidas. Consulte encarte publicado na revista Ensinador Cristão, nº 27, jul-set/06, e Manual do Obreiro, nº 33, página 14, jan-mar/06, (Jorge Andrade). Nelas são mostradas as diferentes épocas, desde a Igreja Primitiva, e as experiências registradas em cada uma delas (de homens consagrados ao Senhor e reconhecidos pela História, que falaram em línguas estranhas);
16) Por fim, tomamos o conselho do apóstolo João, já velho e, portanto, não no começo da igreja, mas quando ela já estava bem presente no meio dos não-judeus, entre 85-95dC, diz o seguinte: “Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1João 4.1). O texto prova que havia manifestação espiritual na igreja, por meio dos dons, inclusive com profecias.
17)Como tais pessoas, outras se levantaram, instigadas pelo Diabo, para tentar impedir que a Palavra do Senhor se cumpra entre os homens. Agem com equívoco de avaliação e jogam a banheira com a criança junto, a exemplo do que fez Herodes que, ao tentar matar Jesus, ordenou a aniquilação de todas as crianças com até 2 anos de idade, em Belém.

CÉTICOS, MAS NEM TANTO

Até mesmo os católicos romanos, tido como mais céticos, fazem o seguinte comentário: “A promessa do Espírito Santo foi feita ‘a vós... e aos vossos filhos’ (At 2.39), isto é, aos judeus de todo o mundo reunidos para a festa e às gerações futuras. ‘A todos os que estão longe, quantos o Senhor Deus chamar’ (2.39) anuncia a pregação aos pagãos mais tarde nos Atos. Os ouvintes devem salvar-se ‘desta geração transviada’ (2.40)”. 1

NÃO VÁ ALÉM (NEM FIQUE AQUÉM)

Podemos igualmente visitar Gálatas 1.8-9, livro que reflete a apologia de Paulo aos hereges da época: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro Evangelho que vá além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”.
Afinal não vamos além, e ainda não ficamos aquém. Pregamos o que está na Bíblia sem o equívoco de interpretação a partir de uma idéia sem nenhum fundamento exegético. A interpretação que corresponde à exegese bíblica, enquanto a visão distorcida do batismo no Espírito Santo tem o peso da antecipação crítica com o intuito de justificar o injustificável.
Por outro lado, o testemunho (resultado da ação da fé desde a salvação à ação do Espírito na operação de maravilhas) é a identidade mais forte entre pentecostais. Esse é o principal entrave para esses tais, não só na questão do falar novas línguas, mas tudo o que diz respeito aos dons espirituais, conforme é citado no texto: “Porque andamos por fé e não por vista”, 2Coríntios 5.7.
A fé serve justamente para que o impossível (à visão e mente humanas) torne-se real. Aí reside a principal dificuldade – crer no impossível: cura divina, expulsão de demônios e toda e qualquer manifestação de maravilhas.
Os sinais, em especial os operados pela manifestação dos dons espirituais ainda permanecem como meio poderoso que acaba por afugentar a frieza espiritual, conforme as Sagradas Letras preconizam: “Não havendo profecia, o povo se corrompe” (Provérbios 29.18). Segundo comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), “Profecia’ neste versículo traduz a palavra hebraica hazon (literalmente: ‘visão’, e também ‘revelação’”).
A audácia desses homens incautos, completa na blasfêmia quando afirmam que “milagres da nossa época, se referem à atuação de espíritos enganadores”. Ora, os fariseus demonstravam esse mesmo ‘zelo religioso’ e acusaram Jesus por motivo idêntico (Lucas 11.14-28). A ação do Espírito (‘o dedo de Deus’ cf v20), com expulsão de demônios por Jesus, fora nomeada pelos fariseus como algo efetivado em conluio com o próprio demônio (“Belzubu, príncipe dos demônios”, v15). Opositores do Senhor se fazem diabos, pois diabo significa opositor.

DONS EM CORINTO


Essa idéia equivocada, pobre, rasteira e atroz da manifestação do Espírito Santo não é a mesma que o apóstolo Paulo ensina em 1Coríntios 12, ao falar dos dons espirituais e sua diversidade, visto que havia grande e notável manifestação entre os coríntios. Era uma igreja gentílica cheia de manifestação de dons do Espírito Santo, em que as pessoas falavam de forma desordenada, conforme eles acusam as igrejas pentecostais. Paulo diz (o que serve a eles): “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”.
Tanto que os coríntios (gentios) receberam todos os dons e deram trabalho a Paulo justamente porque sua fé ainda misturava-se com crença remanescente de deuses que antes serviam. Eles passaram a enfatizar mais os dons que as virtudes espirituais.
Os dons espirituais, a exemplo do batismo no Espírito Santo, atravessaram épocas, acompanharam a História da Igreja, conforme relatos, que só mesmo esse homem não teve acesso, embora público. “As comunidades cristãs do século 1 tinham de regularizar as profecias (...). Elas faziam parte da vida comum da igreja primitiva e se estenderam pelos séculos subseqüentes (veja Didaquê, Pastor de Hermas, Inácio, Irineu, Tertuliano, Montano e Cipriano)”. 2

AS EPÍSTOLAS PASTORAIS PRESERVAM O ESPÍRITO


Como pode ser o ensino sobre o batismo no Espírito Santo anti-bíblico se ele está explicito na própria Bíblia. Paulo escreve bem depois da morte do Senhor, como em 1Coríntios (por volta de 57) e Atos por volta de 63, quando a igreja já estava dentre os gentios (Paulo é considerado apóstolo dos gentios), sobre o batismo no Espírito Santo, como sinal da graça do Senhor (os dons são carismáticos). Nos dois livros temos batismo no Espírito Santo e o incentivo para que o crente o busque.
Essas mentes não reconhecem o batismo no Espírito Santo bíblico, porque, como diz a Palavra: “Aos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos”, 2Coríntios 4.4.
Sua dificuldade de crença e fé limita a ação divina aos muros da capacidade de suas mentes humanas, carnais e limitadas.
Quando o crente é cheio do Espírito Santo transbordar, conforme ensina Jesus ao falar na Festa em Jerusalém: “Quem crê em mim, como diz a Escritura (e não como os homens tentam dizer) rios d’águas vivas correrão do seu ventre”, Jo 7.38 (O grifo e o parêntese são meus).
Como é ver um rio com água vivificada? Vamos imaginar. Será que tem movimento, barulho, quando rola a água em suas pedras; indica vida, testemunhada visivelmente, como autêntica renovação? Ou indica algo parado, invisível, morto? Não seria algo transbordante, que jorra para fora?
A Bíblia segue ensinando: “E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”, João 7.38-39.
Ainda do mesmo Espírito, o Consolador (o Outro da mesma espécie), conforme João 15.26-27, a Bíblia diz que Ele “falará”, com ações semelhantes ao do Senhor, daí a sua vinda, como pessoa da Trindade (João 16.13-14). Estas mesmas idéias se assemelham às das Testemunhas de Jeová, que afirmam ser o Espírito Santo um fluído somente?
Pedro fala dos últimos tempos e apresenta falsos doutores: “Mas estes como animais irracionais... blasfemando do que não entendem... Estes são fontes sem água... (secos), porque falando coisas mui arrogantes” (2Pedro 2.12,18).
Em Corinto estavam presentes “todos os dons” e não somente um de intérprete de língua natural, como tenta acreditar tais pessoas. E mais, Paulo afirma que os que falavam somente línguas estranhas – mistério com Deus – sem o dom de interpretação dessas mesmas línguas, edificavam a si próprios. Como poderia ser uma língua natural, e a pessoa não saber o que estava falando, não interpretar como tentam dizer, e se edificar?
Embora tentem criar obstáculos a Bíblia diz? “Não extingais o Espírito”, 1Tessalonicenses 5.19, ou seja, não apague, não limite, não inutilize o Espírito. Extinguir é da mesma raiz da palavra extintor, equipamento usado para apagar fogo. O fogo deve arder continuamente no altar e não se apagar (cf Levitico 6.13), assim como ocorrera com os dois discípulos a caminho de Emaus, pela presença de Jesus entre eles (Lucas 24.32).
Arder é “Consumir-se em chamas; queimar-se; Consumir-se como que em chamas; Estar como que em chamas, em brasa; Estar aceso; Produzir sensação de ardor; queimar, abrasar” (Aurélio).
Por favor, leia e examine a Bíblia (“Porventura, não errais em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?, Marcos 12.24”)Que o Senhor tenha misericórdia dos seguidores dessa heresia, para que seus olhos se abram.



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em Cristo,

João Paulo Mendes.

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