quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

UMA PASTORA NO MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS.


No vídeo abaixo, a nova Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos concede entrevista ao canal CPAD. Dentre outras coisas, Damares fala de propostas para que o Estado dê mais atenção aos aos índios, ao nascituro e outros povos que no cenário brasileiro não gozam de especial atenção do governo.

Como a Ministra é declaradamente cristã, inclusive pastora na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, muitos olhos estão voltados para a mesma, para sua postura e certamente qualquer deslize vai ser alvo de intensa crítica.

Aos cristãos brasileiros cabe orar por Damares; orar por todas as autoridades constituídas para que exerçam suas atribuições dentro dos padrões legais e com honestidade. Desejar o insucesso e olhar para todos os cristãos no governo com desconfiança é indesejável, desnecessário e prejudicial.

Sem depositar nossa confiança no homem, creiamos que de alguma forma Deus pode usar as pessoas investidas em cargos políticos relevantes para o bem geral da nação.


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O PÚLPITO PENTECOSTAL (2)


Se por um lado há falta de preparo por parte de muitos pregadores sobre os púlpitos (leia aqui), de outro há uma tendência em achar que o que a igreja precisa mais  é de homens cheios de informações para derramá-las sobre seus ouvintes. Nada mais equivocado!

Décadas atrás a maioria dos pregadores pentecostais era gente humilde, de vocabulário limitado e "pouca cultura". No entanto, não faltava a eles o ardor, a fé, a dedicação a Deus. Criam piamente nas narrativas bíblicas e vivenciavam milagres. Fato é que a limitação quanto ao significado real de alguns textos bíblicos criava "doutrinas" estranhas, embora pudesse haver sinceridade mesmo na interpretação equivocada (o que não afasta o erro). Hoje aberrações teológicas são produzidas pelo "excesso de conhecimento" e "habilidades hermenêuticas".

Não ocupamos mais os extremos, mas temos nos púlpitos das igrejas evangélicas pentecostais de tudo que se possa imaginar: pentecostal calvinista (mesmo sem saber o que isso significa repete o que os ícones reformados apresentam pela internet); pentecostal arminiano (defende pontos expostos pelo arminianismo, mas não sabe, em alguns casos, que o faz); pentecostal neopentecostal (adepto do sincretismo que dá ibope em outros arrais ditos cristãos), e por aí vai, não há um padrão, não há equilíbrio de forma geral, mais muita confusão.

Um conselho que penso ser útil seria observar o que foi posto pelos apóstolos na instituição dos diáconos, em At 6.4. Dada a procedência divina do Texto Sagrado é necessário achegar-se a ele tendo em mente tratar-se justamente disto, a saber: de algo que foi dado pelo próprio Deus. Isto deveria imprimir humildade e temor no leitor, muito mais ao se colocar como arauto a fim de anunciar aos ouvintes o que Deus estaria dizendo por meio do Texto. Quanto ao escrito de At. 6.4 os apóstolos decidiram que deveria haver:

1) consagração à oração;
2) consagração ao ministério da palavra.

Em tempos de confusão é muito mais urgente achegar-se ao Texto Bíblico somente depois da oração; oração sincera; oração como reconhecimento da limitação humana ante algo dado pelo Senhor dos céus e da terra. Os que desejam ser fieis em sua missão de anunciadores do Conselho  Divino estarão dispostos a observar este modelo, já os negligentes e que fazem do povo comércio continuarão em seu exercício "hermenêutico lucrativo", pois o pensar que a vontade de Deus pode confrontar seus interesses faz, de plano, que descartem buscar a vontade deste.




terça-feira, 11 de abril de 2017

O PÚLPITO PENTECOSTAL (1)





Alguém deve ser identificado como cristão por refletir padrões bíblicos de pensamentos, sentimentos e ações. Assim, basicamente, cristão é aquele que tem a Bíblia como padrão de regra e fé e que crê em sua inspiração divina (2 Tm 3.16).

Como obter conhecimento da Palavra de Deus? Inicialmente, cabe a todo cristão ler e meditar nas Escrituras (Sl 1.2; Sl 119.97, 103), mas também é obrigação irrenunciável dos pastores e demais oficiais da igreja, de todos os que fazem uso do púlpito para falar em nome de Deus, expor a Palavra, pregar a Palavra (2 Tm 4.2), não usando da ocasião para falar o que acham, o que pensam em sua fértil imaginação, pois a Palavra não provém do homem, mas de Deus (2 Pe 1.20,21).

Talvez uma das maiores carências da Igreja na atualidade seja esta: a verdadeira pregação da Palavra Deus. Alguém poderia afirmar que todos os dias e em várias ocasiões há pregação, sendo incabível falar em carência; outro poderia alegar que há a internet, programas de rádio e TV, sendo assim, não há carência de pregação. Todavia, é inteiramente equivocada esta conclusão, pois apesar de haver muita propaganda evangélica, nem tudo expõe o Evangelho genuíno (deveríamos usar somente a expressão “Evangelho”, mas como perdeu o sentido real ao longo dos anos, acrescentamos a palalavra “genuíno”).

No meio cristão pentecostal há uma forte ênfase no atuar do Espírito Santo na vida do cristão. Tal convicção encontra fundamento principalmente no livro bíblico de Atos dos Apóstolos, pois creem os pentecostais que a igreja de Atos é um modelo para a igreja atual. Entretanto, em alguns (muitos) casos a ênfase na atualidade dos dons espirituais e do batismo o Espírito Santo suplanta a “capacidade de raciocinar”, não que isto ocorra conscientemente em todos os casos, mas é que ao abandonarem a doutrina dos apóstolos (At 2.42) e ficarem só com a "experiência apostólica", parecem perder toda a capacidade intelectual que era presente nos primeiros discípulos para expor com inteligência o Evangelho (vide o discurso de Pedro em At. 2, Estevão em At. 7 e Paulo em At. 17).

Sendo assim, é fácil encontrar muitos púlpitos pentecostais pobres no que se refere à pregação da Palavra de Deus. Há entre muitos líderes o pensamento aintibíblico de que “não é por muito falar”; outros ainda conseguem sustentar a afirmação grosseira de que “a letra mata”, como sinônimo de resistência ao estudo bíblico/ teológico, e assim, negligentemente, vamos multiplicando heresias, assaltando as mentes de crentes incautos e matando neófitos na fé.

Cumpre esclarecer, portanto, que essa negligência não encontra respaldo doutrinário, tampouco na literatura denominacional (refiro-me aqui à assembleiana em alguns de seus consagrados expositores). A título de exemplo e falando diretamente sobre a preparação e entrega de sermões, atividade mais importante a ser desenvolvida em um púlpito, o escritor pentecostal Anísio Batista Dantas afirma que “O ministro do Evangelho, especialmente o pregador, é um guia para o leigo no entendimento da Bíblia.” [1] Tal missão de guia deveria fazer temer o ocupante do púlpito, pois ousa afirmar que fala em nome de Deus e que guia outros. Prosseguindo, acrescenta o escritor que “uma das maiores tragédias nos púlpitos de nossas igrejas é a má preparação dos pregadores, especialmente daqueles que, além de não estudarem, deixam de se dedicar à pregação”, ainda, “outras há que, sem desconfiar do entrave que causam à obra do Evangelho, são verdadeiros inimigos dos estudos e dos que estudam”.[2]

Se uma das maiores tragédias é a defeituosa exposição do pregador, pergunta-se: Quanto tempo em média dura a preparação de um sermão que vai ser exposto em 40 ou 50 minutos? Quantos minutos são gastos em oração, meditação e no duro exame do texto bíblico, bem como de materiais auxiliares? Há quem diga que isto tudo é desnecessário, pois basta abrir a boca que Deus a encherá (Sl 81.10) - seria este o propósito do texto de Salmos? Contudo, tal afirmação é mais uma demonstração da falta de preparação, falta de apego ao Texto Sagrado.

Um grande expositor bíblico dos dias atuais, no Brasil, disse que uma das primeiras coisas que observa ao visitar a casa de um colega de ministério é a biblioteca. Se é pobre o acervo, pressupõe-se que há pouca e deficiente preparação bíblica, pois "não dá pra ler só a Bíblia". Como assim? Dirão alguns: isto é uma heresia! É possível reafirmar, com mais ênfase, e mesmo sem medo de errar, pois em relação ao texto bíblico somos extremamente limitados, tanto quanto ao ambiente em que este foi produzido (histórico, geográfico, cultural etc.), quanto em relação ao texto original (hebraico, aramaico e grego) e tantos outros pormenores. Sendo assim, apesar de crermos inteiramente na Bíblia como Palavra de Deus tendo-a como regra de fé e prática, precisamos de auxílio, não substitutos, para aperfeiçoar o entendimento acerca das Escrituras.

Para citar dois autores pentecostais, volto ao escritor Anísio Batista que, discorrendo sobre o esquema e estrutura do sermão afirma que além do conhecimento da Palavra de Deus o pregador necessita de:

6. Cultura geral. Não há limite para a cultura do obreiro cristão, especialmente a do pregador. Deve ser armazenada através dos anos, por longos e profundos estudos, leituras demoradas e constantes, e frequentes pesquisas. Leituras esporádicas nunca deram cultura sólida a ninguém, e o inimigo dos livros jamais será culto.
7. Cultura específica. Envolve conhecimento especializados, particularmente a teologia (em seus vários ramos), história geral, história do povo hebreu, geografia bíblica, homilética, hermenêutica, ética e atividades pastorais, ética cristã, evangelismo, missões, psicologia, sociologia, além de sólido conhecimento da língua em que vai pregar.
8. Conhecimentos atualizados. São adquiridos de todos os campos da atividade humana, através de livros, periódicos, anotações de conferências, sermões d e outros pregadores, convenções, escolas bíblicas, seminários e todos os meios de difusão cultural e informação. Naturalmente, esses conhecimentos armazenados são repassados na mente, laboratório intelectual do pregador, na medida do possível e à proporção que vão surgindo as necessidades. Eles enriquecem o homem de Deus com novas experiências. Acrescntadas ideias próprias, o pregador poderá preparar melhor os seus sermões.[3]

Fortalece os argumento acima, lição do renomado professor de homilética das Assembleias de Deus no Brasil, Pastor Elinai Cabral:

Todo pregador que se preze deve possuir uma biblioteca, à qual não deve faltar um dicionário bíblico, uma enciclopédia bíblica, comentáios, geografia e arqueologia bíblicas, história geral e da Igreja, livros devocionais, biografias, manuais de doutrina, dicionário da língua portuguesa e outros.[4]

Uma adverência deste autor deveria ser tocada em alto e bom som para os pregadores atuais: “O pregador não deixa de ser espiritual pelo fato de enriquecer seus sermões com conhecimentos gerais.”[5]

Não foi Pedro que afirmou que o crente deve crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe3.18)? Não crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens  (Lc 2.52)? Por que desprezar o crescimento no conhecimento?

A precariedade nos púlpitos impede o crescimento dos cristãos, impede o avanço da igreja, impede que seja Igreja.

Sendo assim:
Aos que pregam, não sejam negligentes (1 Tm 4.14).
Aos que ouvem, não sejam acomodados (At 17.11.).

Continua...
 
*Editado em 22/08/17.

[1]  - DANTAS,  Anísio B.; Como Preparar Sermões – Dominando a arte de expor a Palavra de Deus. 23ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD,2013, p.35.
[2]  - Ibid.
[3] - Ibid  p. 75.
[4]  - CABRAL, Elienai.  Programa em Formação de Teologia - HOMITÉTICA I. Campinas-SP: EETAD 2016, p. 9.
[5]  -  Ibid , p. 8.

sexta-feira, 3 de março de 2017

A FÉ DOS DEMÔNIOS

A epístola bíblica de Tiago em seu capítulo 2.19 diz: "Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem."

O contexto do verso acima é o da fé aliada às boas obras, a ênfase que a fé sem obras é morta e de nada adiante; que não é possível revelá-la sem demonstrar factualmente obras de bondade.

Segundo o texto, os demônios também creem em Deus e até tremem. Muitos homens creem da mesma forma, não duvidam da existência de Deus, tremem, mas não apresentam através de suas vidas nenhuma ação que evidencia um encontro real com Deus.

Acreditar em Deus apenas intelectualmente ou por medo de sofrer algum dano de nada vale,é assemelhar-se aos demônios que creem, mas negam obediência.

E aí,que fé temos nós?

domingo, 20 de novembro de 2016

SACERDOTES TRABALHANDO POR GANÂNCIA, COISAS DOS DIAS DE MIQUEIAS OU DA ATUALIDADE?

FONTE:http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2015/05/o-ponto-da-ganancia.html

Nas páginas bíblicas, profetizou Miqueias nos dias dos reis Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. Em seus dias, viu o profeta coisas estranhas, absurdas para serem usuais no meio do povo de Deus, os descendentes de Abraão:

"Ouvi, agora, isto, vós cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel, que abominais o juízo, e perverteis tudo o que é direito," (Mq 1.9)

E mais,

"Os seus cabeças dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá." (v. 11)

As denúncias de Miqueias não eram contra ímpios, povos que desde sempre tiveram por costume a idolatria e a prática de abominação aos olhos Senhor. Não. O povo objeto da denúncia profética era o povo de Deus, seu escolhido.

Pois bem, não é novidade que no Antigo Testamento o povo de Israel viveu altos e baixos em sua vida espiritual e moral. Talvez, o mais notório livro que trata do assunto seja o de Juízes, no qual a tônica que demonstra o comportamento povo é o fato de o escritor ter registrado, por mais de uma vez, que dentro o povo "cada um fazia o que achava mais reto".

Passaram-se muitos séculos, chegamos ao tempo da Graça, nos dias da Igreja cristã. Hoje, todos têm acesso ao Texto Sagrado [digo no Brasil e em boa parte do mundo], o que deveria ter como implicação o exame bíblico e a repulsa daquilo que com as Escrituras não é compatível (At 17.11). Infelizmente não é assim, pois muitos incautos e outros relaxados com o viver cristão não atentam para a advertência de Miqueias e sua aplicação para os dias de hoje. Ou seja, não veem que há aqueles que ensinam por interesse e outros profetizam por dinheiro. Outra classe de pessoas é a dos que ouvindo, sabendo e conhecendo não denunciam, mas compactuam.

Embora em regra o homem esteja inclinado a agir de forma a preservar sua vida, seus privilégios, seu status e não se levantar contra o que pode contra ele se voltar, Miqueias não agiu assim, mas abriu sua boca em tempos de crise e denunciou a opressão sobre os mais pobres e a falsa religiosidade dos líderes de Israel.

Estou convencido que o contexto de Miqueias é o mesmo da igreja brasileira. Sim! Pois embora haja muitos que por devoção santa sirvam ao Senhor na sua simplicidade e pureza de coração, outros, sabendo disto, usam da ocasião em benefício próprio. Daí, noticiar-se que um pregador estabelece tantos requisitos para "pregar a Palavra de Deus" em uma igreja e que seria mais fácil contratar uma estrela global a trazê-la em um culto; que um cantor fixa um cachê tão alto ("uma oferta de amor"), de modo que a cada cântico vai embora um mê$ de trabalho de alguns irmãos.

Miqueias tinha consciência do que estava errado, pois conhecia a vontade do  Senhor, Sua Palavra. Portanto, em nossos dias, aos que consentem que obreiros interesseiros roubem o povo de Deus, aos que participam e ainda repartem o "lucro" da lã, saibam que o Senhor está atento e a tudo vê. Os líderes gananciosos nos dias de Miqueias pensavam que ia tudo bem, pois nada de mal lhes ocorria (v. 11); mas estão enganados, pois a opressão e os bastidores de suas vidas religiosas estão descobertos perante o Senhor, o qual retribuirá caso não se arrependam.

Numa palavra apostólica de advertência, penso que é adequado aqui um texto do Novo Testamento, conselhos de Pedro aos que, como ele fez, cuidam do rebanho do Senhor:

"Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho."
(1 Pe 5.2,3)

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

LIÇÃO 06: "A ÉTICA CRISTÃ E O BULLYING" - LIÇÕES BÍBLICAS JUVENIS 3º TRIMESTRE DE 2016

fonte: http://climatologiageografica.com.br/bullying-na-escola-dobra-chance-de-depressao-na-vida-adulta/

Na lição do próximo domingo, os Juvenis estudarão sobre bulluyng. O assunto é bem próximo dos alunos, os quais, com certeza já foram vítimas ou agressores. Às vezes a prática é "normal" no meio deles, corriqueira mesmo até no âmbito da igreja.

É de suma importância conscientizar os alunos sobre a gravidade do problema e seus reflexos danosos às vítimas.

O programa Fantástico, da Rede Globo, veiculou um quadro no programa, no último mês de Dezembro, intitulado "Eu amo quem sou". O quadro retratava justamente a prática do bullying nas escolas, as consequências sofridas pelas vítimas, a ação dos pais e como tratar a questão que, em níveis elevados, pode gerar gravíssimos problemas. O link é este: http://g1.globo.com/fantastico/quadros/eu-amo-quem-sou/


Veja dois exemplos da série nos vídeos abaixo:




A questão do ponto de vista legal:

O governo brasileiro brasileiro, na tentativa de tratar a questão do ponto de vista legal aprovou a Lei 13185/15 que "Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)". Transcrevo abaixo o inteiro teor da Lei, a qual pode ser encontrada aqui.

É bom dar ciência a todos (adolescentes, pais e toda a igreja), da existência da Lei, esclarecendo e advertindo.


Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Vigência
Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying).
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  Fica instituído o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território nacional.
§ 1o  No contexto e para os fins desta Lei, considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
§ 2o  O Programa instituído no caput poderá fundamentar as ações do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, bem como de outros órgãos, aos quais a matéria diz respeito.
Art. 2o  Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda:
I - ataques físicos;
II - insultos pessoais;
III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;
IV - ameaças por quaisquer meios;
V - grafites depreciativos;
VI - expressões preconceituosas;
VII - isolamento social consciente e premeditado;
VIII - pilhérias.
Parágrafo único.  Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.
Art. 3o  A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como:
I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
IV - social: ignorar, isolar e excluir;
V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
VI - físico: socar, chutar, bater;
VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
Art. 4o  Constituem objetivos do Programa referido no caput do art. 1o:
I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda a sociedade;
II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
III - implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação;
IV - instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;
V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;
VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;
VII - promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;
VIII - evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil;
IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.
Art. 5o  É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying).
Art. 6o  Serão produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática (bullying) nos Estados e Municípios para planejamento das ações.
Art. 7o  Os entes federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta Lei.
Art. 8o  Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias da data de sua publicação oficial.
Brasília,  6  de novembro de 2015; 194o da Independência e 127o da República.
DILMA ROUSSEFF
Luiz Cláudio Costa
Nilma Lino Gomes
  

Explore bem a questão com os alunos, mostre a eles que essa prática que para muitos parecer ser inofensiva na verdade é séria, viola o novo mandamento dado por Jesus:

"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei ,que também vos ameis uns aos outros." (Jo 13.34)

O cumprimento de tal mandamento tem grandes consequências: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros." (v. 35)

UMA PASTORA NO MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS.

No vídeo abaixo, a nova Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos concede entrevista ao canal CPAD. Dentre outras coisas, Damares fal...