POR QUE
DEUS NOS TIROU DO EGITO?
Ex. 5.1,3; 8.1;
10.26
INTRODUÇÃO
O
povo de Deus, Israel, estava preso no Egito e o Senhor prometera livrá-los do
cativeiro, contudo, havia um propósito na retirada do povo do Egito: que Israel
servisse ao eterno.
Naqueles
dias, povo do Senhor eram os descendentes de Jacó; hoje, povo do Senhor são
aqueles que creram, que receberam a Jesus como salvador, de acordo com Jo 1.12.
E quando o Senhor alcança alguém com sua salvação também o faz com propósito:
para que o sirvamos.
1.
COMO
O SENHOR TIRA ISRAEL DO EGITO
Através
de feitos milagrosos Deus tirou os filhos de Jacó do Egito. O fato que marcou a
saída, a última praga, foi coroado com um ritual dado por Deus para que os
judeus obedecessem: deveriam imolar o cordeiro e passar o sangue do mesmo nos
umbrais das portas.
A páscoa – “passar por cima, poupar, proteger”
- deveria ser lembrada como memorial, assim como a ceia do Senhor o é para nós
(ICo 11. 25), motivo de alegria, gozo, lágrimas e derramar na presença daquele
que nos tirou das trevas e da escravidão. O
livramento é eterno, não é temporário, nunca mais voltariam ao Egito.
Se nos mantivermos fiéis ao Senhor nunca mais estaremos sob a servidão do
pecado, pelo contrário, estaremos livres de uma vez por todas quando no céu com
o Eterno.
ü O
cordeiro deveria ser assado, representando o fogo a aflição do Calvário .
ü O
cordeiro deveria ser separado quatro dias antes, assim como Cristo
entrou em
Jerusalém no dia da separação do Cordeiro e morreu no dia do
sacrifício (Ex
12.3-6);
ü Nenhum de seus ossos deveria ser quebrado (Ex.
12.46);
ü O
cordeiro deveria ser comido por toda família; Cristo é para toda tua casa,
deve
ser colocado à mesa pelo chefe da família e dele todos devem participar (Ex.
12.3). O ensinamento pascal deveria ser passado para os descendentes (Ex
12.27), exclusivamente por cada pai, cada família em suas casa,s com seus filhos
(Ex 12.46)
O
sangue do Cordeiro faz distinção entre os que servem e os que não servem ao
Senhor.
No Egito o sangue nos umbrais das portas fora benção para muitos e maldição
para outros. No juízo, o sangue de Cristo será motivo de glória para aqueles que o
receberam, mas juízo para os que o negaram. A saída do Egito deveria ser
comemorada de geração em geração (Ex 12.42).
2.
POR QUE DEUS
TIROU O POVO DO EGITO?
2.1 Para que o povo o servisse (4.23)
Servo:1) empregado (Mt 25.14); 2) escravo (Gn 9.25); 3) Pessoa que presta
a culto e obedece a Deus (Dn 3.26); JESUS CRISTO era servo (Mt 12.18; At
3.13; 4.27).
Dentre muitos, na passagem abaixo é rico o exemplo de "pessoa que presta culto e obedece a Deus":
“Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo
ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus
Altíssimo, saí e vinde! Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do
fogo” (Dn 3.26).
Servo é o escravo de orelha furada que
renunciou sua liberdade para servir a Deus. Assim somos nós? Renunciamos nossa
carne por amor ao nosso Senhor?
Não será assim entre vós; mas todo
aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer
que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas
para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.(Mt 20.26-28)
Quando Deus mandou Moisés, o
enviou com uma mensagem, e era esta: “deixa
ir o meu povo para que me sirva”. Havia um propósito na retirada do povo;
deveriam servir ao Deus eterno. Não foram tirados do Egito para simplesmente
não serem mais escravos, mas para serem, agora, servos somente do Deus
altíssimo.
Antes, éramos
servos do pecado: “ Não sabeis vós que a quem vos
apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis,
ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do
pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E,
libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm 6.16-18).
Porque, persuado eu agora
a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se
estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. (Gl 6.10)
“Assim também vós, quando fizerdes tudo
o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis,
porque fizemos somente o que devíamos fazer.” (Lucas 17 : 10).
Somos servos mesmo?
2.2 Para celebrar uma festa no deserto (5.1)
Disse o salmista: “servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos
diante dele com cânticos”.
Deserto: representa provação.
"Não é o discípulo
mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu
senhor."
(Mateus 10 : 24). Cristo padeceu, será que não passaremos pelo deserto?
Todos os anos
celebrariam a festa da Páscoa; também todo primogênito seria do Senhor, como
referência à saída do Egito.
Está claro no texto bíblico que o povo deveria celebrar uma festa no deserto. Com a suficiência
de Deus em nossa vida, até no deserto podemos celebrá-lo. Nos lugares mais
secos e duros podemos celebrá-lo, pois ainda lá Ele é Senhor. Ainda que no
deserto, estamos certos de que estamos na caminhada para a Terra Prometida.
Deus nunca deixou seu povo só no
deserto: “Nunca se apartou do povo a
coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite”(Ex 13.22).
Deus sempre sustentou o povo no
Deserto, livrou-os de Faraó; deu-lhes água doce em Mara; maná do céu;
cordonizes para comerem e vitórias sobrenaturais... Até mesmo na dura caminhada
devemos celebrar a nossa libertação do pecado.
2.3 Para o servirmos com tudo o que temos (10.26)
Todos os pertences dos judeus
deveriam sair do Egito, pois seriam usados para adorar a Deus.
Devemos servir ao Senhor com
nossos bens, com nossa profissão... Devemos amá-lo de todo nosso coração, de
toda nossa alma, de todo nosso entendimento, de toda nossa força (Mc. 12.30).
2.4 Para perseverarmos
Perseverança: permanência
num estado ou numa atividade, meso em caso de
oposição ou
fracasso ( Ef 6.18; Mc 3.13; Rm 2.7).
“E sereis
odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo” ( Mc 13.13).
Seguir pelo deserto exigia determinação
e perseverança do povo.
Veja exemplo de Hiroo Honoda; este
lutava por algo passageiro, glória terrena, fidelidade à bandeira japonesa (foi decepcionado), nós lutamos pelo triunfo eterno.
Você está perseverando pelo que?
O exemplo de Martin Loyd Diones.
Este abriu mão de uma carreira promissora para se dedicar ao pastorado.
Você está abrindo mão de que?
Cristo abriu mão do céu, da glória eterna, de Sua realeza para ser massacrado
por uma dívida que não era sua.
3.
O FIM DA
PEREGRINAÇÃO É O CÉU
Apesar de parecer dura a
caminhada, Ele está conosco todos os dias até a consumação do século;
Apesar de o calor do deserto ser
forte, Ele nos refrigera a alma e nos leva para junto das águas de descanso;
Apesar de a noite ser fria demais, Ele te cobrirá com Suas penas e debaixo de Suas asas estarás seguro;
Apesar de às vezes nos vermos sem a provisão
necessária, bem nenhum falta aos que O temem; se Ele cuida da erva do campo
cuidará de nós; todo que nos é necessário será acrescentado se O buscarmos em
primeiro lugar.
NOSSA LEVE E MOMENTÂNEA
TRIBULAÇÃO PRODUZ PESO ETERNO DE GLÓRIA.
O fim da peregrinação é Canaã,
terra maravilhosa, separada para os que temem ao Senhor, para chegar até lá
temos que caminhar firmemente, mas temos em todo tempo auxílio não do homem, mas do
Senhor.
4. CONCLUSÃO
Só podemos ser servos se
obedecermos a condição por Deus imposta para tal. Depois de obedecermos temos
que estar cientes de que nos chamou para servi-lo, ainda que no deserto
celebrando-lhe festa; com tudo o que temos. Temos o Seu auxílio o tempo todo, não nos deixará. O fim de nossa servidão será
descanso eterno, em glória, com o Criador.
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