sexta-feira, 26 de abril de 2013

POR QUE DEUS TIROU ISRAEL DO EGITO.

POR QUE DEUS NOS TIROU DO EGITO?
Ex. 5.1,3; 8.1; 10.26

INTRODUÇÃO

O povo de Deus, Israel, estava preso no Egito e o Senhor prometera livrá-los do cativeiro, contudo, havia um propósito na retirada do povo do Egito: que Israel servisse ao eterno.
Naqueles dias, povo do Senhor eram os descendentes de Jacó; hoje, povo do Senhor são aqueles que creram, que receberam a Jesus como salvador, de acordo com Jo 1.12. E quando o Senhor alcança alguém com sua salvação também o faz com propósito: para que o sirvamos.   

1.      COMO O SENHOR TIRA ISRAEL DO EGITO

Através de feitos milagrosos Deus tirou os filhos de Jacó do Egito. O fato que marcou a saída, a última praga, foi coroado com um ritual dado por Deus para que os judeus obedecessem: deveriam imolar o cordeiro e passar o sangue do mesmo nos umbrais das portas.

A páscoa – “passar por cima, poupar, proteger - deveria ser lembrada como memorial, assim como a ceia do Senhor o é para nós (ICo 11. 25), motivo de alegria, gozo, lágrimas e derramar na presença daquele que nos tirou das trevas e da escravidão. O livramento é eterno, não é temporário, nunca mais voltariam ao Egito. Se nos mantivermos fiéis ao Senhor nunca mais estaremos sob a servidão do pecado, pelo contrário, estaremos livres de uma vez por todas quando no céu com o Eterno.

ü  O cordeiro deveria ser assado, representando o fogo a aflição do Calvário .
ü  O cordeiro deveria ser separado quatro dias antes, assim como Cristo 
entrou em Jerusalém no dia da separação do Cordeiro e morreu no dia do 
sacrifício (Ex 12.3-6);
ü   Nenhum de seus ossos deveria ser quebrado (Ex. 12.46);
ü  O cordeiro deveria ser comido por toda família; Cristo é para toda tua casa,
deve ser colocado à mesa pelo chefe da família e dele todos devem participar (Ex. 12.3). O ensinamento pascal deveria ser passado para os descendentes (Ex 12.27), exclusivamente por cada pai, cada família em suas casa,s com seus filhos (Ex 12.46)

O sangue do Cordeiro faz distinção entre os que servem e os que não servem ao Senhor. No Egito o sangue nos umbrais das portas fora benção para muitos e maldição para outros. No juízo, o sangue de Cristo será motivo de glória para aqueles que o receberam, mas juízo para os que o negaram. A saída do Egito deveria ser comemorada de geração em geração (Ex 12.42).

2.      POR QUE DEUS TIROU O POVO DO EGITO?

2.1  Para que o povo o servisse (4.23)

Servo:1) empregado (Mt 25.14); 2) escravo (Gn 9.25); 3) Pessoa que presta a culto e obedece a Deus (Dn 3.26); JESUS CRISTO era servo (Mt 12.18; At 3.13; 4.27).

Dentre muitos, na passagem abaixo é rico o exemplo de "pessoa que presta culto e obedece a Deus":
“Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo” (Dn 3.26).

Servo é o escravo de orelha furada que renunciou sua liberdade para servir a Deus. Assim somos nós? Renunciamos nossa carne por amor ao nosso Senhor?

 Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.(Mt 20.26-28)

Quando Deus mandou Moisés, o enviou com uma mensagem, e era esta: “deixa ir o meu povo para que me sirva”. Havia um propósito na retirada do povo; deveriam servir ao Deus eterno. Não foram tirados do Egito para simplesmente não serem mais escravos, mas para serem, agora, servos somente do Deus altíssimo.

Antes, éramos servos do pecado: “ Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?  Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm 6.16-18).

Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. (Gl 6.10)


“Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.”  (Lucas 17 : 10).

Somos servos mesmo?

2.2  Para celebrar uma festa no deserto (5.1)

Disse o salmista: “servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cânticos”.

Deserto: representa provação.

"Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor."  (Mateus 10 : 24). Cristo padeceu, será que não passaremos pelo deserto?

Todos os anos celebrariam a festa da Páscoa; também todo primogênito seria do Senhor, como referência à saída do Egito.

 Está claro no texto bíblico que o povo deveria celebrar uma festa no deserto. Com a suficiência de Deus em nossa vida, até no deserto podemos celebrá-lo. Nos lugares mais secos e duros podemos celebrá-lo, pois ainda lá Ele é Senhor. Ainda que no deserto, estamos certos de que estamos na caminhada para a Terra Prometida.

Deus nunca deixou seu povo só no deserto: “Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite”(Ex 13.22).

Deus sempre sustentou o povo no Deserto, livrou-os de Faraó; deu-lhes água doce em Mara; maná do céu; cordonizes para comerem e vitórias sobrenaturais... Até mesmo na dura caminhada devemos celebrar a nossa libertação do pecado.


2.3  Para o servirmos com tudo o que temos (10.26)

Todos os pertences dos judeus deveriam sair do Egito, pois seriam usados para adorar a Deus.

Devemos servir ao Senhor com nossos bens, com nossa profissão... Devemos amá-lo de todo nosso coração, de toda nossa alma, de todo nosso entendimento, de toda nossa força (Mc. 12.30).


2.4  Para perseverarmos

Perseverança: permanência num estado ou numa atividade, meso em caso de
oposição ou fracasso ( Ef 6.18; Mc 3.13; Rm 2.7).

“E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo” ( Mc 13.13).

Seguir pelo deserto exigia determinação e perseverança do povo.

Veja exemplo de Hiroo Honoda;  este lutava por algo passageiro, glória terrena, fidelidade à bandeira japonesa (foi decepcionado), nós lutamos pelo triunfo eterno.

Você está perseverando pelo que?

O exemplo de Martin Loyd Diones. Este abriu mão de uma carreira promissora para se dedicar ao pastorado.

Você está abrindo mão de que?

Cristo abriu mão do céu, da glória eterna, de Sua realeza para ser massacrado por uma dívida que não era sua.


3.      O FIM DA PEREGRINAÇÃO É O CÉU

Apesar de parecer dura a caminhada, Ele está conosco todos os dias até a consumação do século;

Apesar de o calor do deserto ser forte, Ele nos refrigera a alma e nos leva para junto das águas de descanso;

Apesar de a noite ser fria demais, Ele te cobrirá com Suas penas e debaixo de Suas asas estarás seguro;

 Apesar de às vezes nos vermos sem a provisão necessária, bem nenhum falta aos que O temem; se Ele cuida da erva do campo cuidará de nós; todo que nos é necessário será acrescentado se O buscarmos em primeiro lugar.

NOSSA LEVE E MOMENTÂNEA TRIBULAÇÃO PRODUZ PESO ETERNO DE GLÓRIA.

O fim da peregrinação é Canaã, terra maravilhosa, separada para os que temem ao Senhor, para chegar até lá temos que caminhar firmemente, mas temos em todo tempo auxílio não do homem, mas do Senhor.

4. CONCLUSÃO


Só podemos ser servos se obedecermos a condição por Deus imposta para tal. Depois de obedecermos temos que estar cientes de que nos chamou para servi-lo, ainda que no deserto celebrando-lhe festa; com tudo o que temos. Temos o Seu auxílio o tempo todo, não nos deixará. O fim de nossa servidão será descanso eterno, em glória, com o Criador.

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