A lição de número três trata de temas como "a imagem de Deus" e "santidade". É ótima oportunidade para discutir com os alunos o que é santidade, desconstruir conceitos equivocados e apresentar biblicamente que santidade vai muito além de manifestações externas dos dons espirituais, mas envolve todo o viver cristão, seja no âmbito eclesiástico ou fora dele.
Como mencionado na lição, há um bom livro que trata do tema santidade a partir de Levítico. Para o autor, Victor P. Hamilton, o terceiro livro do Pentateuco traz um "Código de Santidade", no qual Deus disciplina a santidade para todas as esferas da vida humana; isto, inclusive, constei no tópico 3, item 3.1 da lição desta semana.
Alguns pontos interessantes, é que o autor trata que o conceito bíblico de santidade envolve:
a) correta alimentação: em nossos dias, é tema relevante, já que adolescentes e jovens normalmente preferem alimentos industrializados e não se preocupam com uma dieta que satisfaça as necessidades do corpo. Um grave problema em nossos acerca da alimentação, é a quantidade alta de pessoas obesas. Alimentar-se mal, não ter o cuidado devido com o corpo não seria um problema para a completa santidade do cristão?
b) pureza sexual: este tema ocupou muito espaço em Levítico, capítulos 18-20, com grande foco no capítulo 18 acerca das práticas abomináveis sexualmente.
Na Revista há uma lição toda dedicada ao tema, é a nove, "Ética cristã e a sexualidade". Na ocasião, o professor poderá explorar o tema, pois muito necessário ser ensinado dentro dos padrões bíblicos, pois fora destes já é difundido em toda parte.
c) à pureza sacerdotal: os capítulos 21 e 22 tratam "leis para os sacerdotes" e "leis acerca de comer coisas santas". O santo ofício sacerdotal deveria ser exercido dentro de padrões estritamente divinos, tanto no que diz respeito, por exemplo, à linhagem sacerdotal, vestimentas, casamentos etc.
d) guarda de festas sagradas: Em Lv 23, o povo de israel é conclamado a observar dias, ocasiões e as festas santas ao Senhor: o sábado, a páscoa, as primícias, o pentecostes, o dia da expiação, a festa dos tabernáculos.
O desejo de Deus não era simplesmente que o povo de Israel festejasse, mas que o fizessem com coração voltado para Deus, sinceramente, piedosamente, pois, do contrário, Deus não receberia festa alguma ou sacrifício; veja o exemplo sério em Isaías 1.13: "Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas de Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada a ajuntamento solene."
Trazendo para nossos dias, que proveito há em exercícios religiosos mecânicos quando o coração está distante de Deus, quando o homem acostumado a entrar e sair do templo não discerne a casa do Senhor, a Palavra do Senhor de tudo o mais?
Há ainda outros temas nos capítulos 24-27, o que pode e deve ser algo de exame do professor para aplicação pessoal e ensinamento aos juvenis.
Veja, santidade é algo que envolve todas as esferas da vida do cristão, não há compartimentos, separações em nossas vidas, isto no sentido de separar uma "vida religiosa" e uma "vida sagrada", não. Somos cristãos o tempo todo, e em todas as ocasiões há um padrão bíblico, uma Ética Cristã para ser aplicada na disciplina da vida do servo de Deus.
Professor, inicie hoje mesmo o estudo da lição, medite, sob oração, no tema tratado e certamente Deus falará profundamente ao teu coração e ao dos alunos.
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