terça-feira, 24 de novembro de 2015

NOÉ, A VINHA, A MALDIÇÃO E O NÃO ARREPENDIMENTO PELO ERRO

É indiscutível a atitude incorreta de Cam, filho de Noé, ao contemplar a nudez de seu pai e não tratar de forma respeitosa o Patriarca, o qual não era um beberrão, mas conhecido na Bíblia como homem "justo e íntegro entre os seus contemporâneos. Noé andava com Deus." (Gn 6.9).

Segundo o Pr. Claudionor de Andrade, "Ao invés de calar-se e, discretamente, resguardar a honra do seu pai, saiu a depreciar-lhe a imagem (Gn 9.22)" (ANDRADE, Claudionor de , Revistas Lições Bíblicas, 4º Trimestre de 2015, CPAD, p. 65).

O Pastor Altair Germano em artigo intitulado "A Síndrome de Cam", aqui, também comenta o fato e discorre sobre os possíveis motivos do filho de Noé em expor sua nudez; o pastor faz ainda um paralelo entre o fato relatado no Livro do Começo e situações envolvendo erros de lideranças atualmente, mas com enfoque na atitude reprovável de Cam.

Ao ler o trecho bíblico não desconsidero o comportamento reprovável de Cam, mas inquieto-me com alguns pensamentos:

- Noé embebeda-se inocentemente?
- Após recobrar o juízo, teve consciência de que errou?
- Deveria o Patriarca pedir perdão, demonstrar arrependimento?

Mesmo a Bíblia não sendo clara a respeito dos pormenores que envolveram o plantio da vinha e a fermentação do fruto, há quem cogite que Noé sabia das implicações da bebida: "Vemos aqui, a primeira vez que o vinho é mencionado nas Escrituras, mas a produção de vinho já era realizada antes do dilúvio, e Noé sem dúvida sabia o que podia lhe acontecer se bebesse vinho demais."   (Comentário Bíblico Expositivo W. W. Wiersbe , Geográfica Editora, 2014, V.1, p. 71).

Prossegue ainda: "Numa tentativa de exonerar Noé de culpa, alguns estudiosos afirmam que o dilúvio causou uma transformação na atmosfera da Terra, e isso levou o suco de uva a fermentar pela primeira vez; no entanto, esse defesa não é muito sólida. Noé colheu as uvas, espremeu-as no lagar, colocou o suco em odres e esperou que fermentasse."

Caminhando na trilha do comentarista, é possível focalizar não somente Cam como um irreverente, mas também Noé como ser humano que erra; apesar de justo e íntegro, também falhou, errou, não obstante ser um dos mais notáveis santos do AT.

A Bíblia não busca descrever os grandes  homens de Sua história como infalíveis, pelo contrário, mostra suas falhas e as consequências amargas decorrentes dos erros. Sabe-se que um erro pode tomar maiores proporções dependendo de quem o comete, pois espera-se de homens de alta posição, condutas compatíveis (não desconsiderando aqui que, como já afirmado, são humanos).

Retomando Wiersbe:

"Pelo menos Noé estava em sua própria tenda quando isso aconteceu, não em algum lugar público. No entanto, quando pensamos em quem ele era (um pregador da justiça) e no que havia feito (salvo sua família da morte), seu pecado torna-se ainda mais repulsivo.
A Bíblia não apresenta desculpas para os pecados dos santos, mas sim os menciona como advertências para que não façamos como eles (1 Co10.6-13). Como disse Supurgeon: 'Deus nunca permite que seus filhos pequem com sucesso'. Há sempre um preço a ser pago.

(...)

Noé não planejou embriagar-se e expor-se vergonhosamente, mas, de qualquer modo,  foi o que aconteceu. Os japoneses têm um provérbio muito apropriado: 'Primeiro o homem toma um trago, depois o trago toma um trago e, então, o trago toma o homem." (pp. 71,72).

Volto a afirmar que o comportamento de Cam foi reprovável e há farto comentário sobre isso.

Entretanto, não podemos negar que Noé também errou. Se podemos aplicar o texto bíblico para advertência dos que expõem o erro de quem deveriam preservar e tratar de forma respeitosa, também podemos aplicá-lo no sentido de que pais e lideranças devem estar em todo o tempo atentos ao que fazem, pois nem todo "sucesso" empreendido anteriormente é capaz de amenizar um erro posterior.

Ademais, por qual motivo não vemos Noé constrangido quando lúcido? Não poderia também haver quebrantamento, perdão, reconciliação?

Adão e Eva tiveram oportunidade de demonstrar arrependimento e não fizeram. Caim, apesar de Deus travar um diálogo muito mais pedagógico do que para esclarecer dúvidas também não demonstra arrependimento.

Em tempos presentes, o reconhecimento do erro e arrependimento por parte dos que não deveriam errar (mas são humanos, não?) também é desejável e ensina. Tão somente amaldiçoar quem errou em seguida não soluciona a questão.

Se observássemos um Noé arrependido, quebrantado, constrangido pelo seu erro, isso não o diminuiria, pelo contrário, aumentaria sua grandeza.

 No NT, acho que um trecho paulino seria apropriado para as duas partes e as levaria a tomarem, ambas, a atitude correta: "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo." Fp 2.3

sábado, 31 de outubro de 2015

DIA 31 DE OUTUBRO: "DIA DA REFORMA PROTESTANTE"




A igreja nos tempos de Lutero

A igreja Católica do século XVI possuía uma influência muito grande na sociedade. Muitos homens foram condenados e mortos pela igreja por criticar práticas anti-bíblicas, como a venda de indulgências.

 O que eram indulgências

Como o papa Leão X precisava arrecadar verbas para a conclusão das obras da Basílica de São Pedro em Roma, enviou Jhon Tetzel para vender bulas assinadas pelo papa, as quais, dizia, tinha a virtude de conceder o perdão de todos os pecados, não só aos possuidores da bula, mas também aos amigos, mortos ou vivos. Tetzel dizia: “Tão depressa o vosso dinheiro caia no cofre, a alma dos vossos amigos subirá do purgatório para o céu.”

 A Caminho da Reforma

Martinho Lutero foi criado sob fundamentos católicos, pois sua mãe era muito devota. Apesar de seu pai desejar que ele se formasse em direito, Lutero foi para o convento com 22 anos. Muito dedicado e rigoroso observador das regras, seis anos mais tarde já se tornara doutor em teologia e começa a preparar sermões. É quando ele escreve: "No transcorrer desses estudos, o papado soltou-se de mim." Lutero não interpretava aleatoriamente a Palavra, como era costume na época.

“O justo viverá da fé.” (Rom 1.17)

Estudando a Carta de Paulo aos Romanos, Lutero pode entender que o Deus que ele tanto temia (como aprendera pelos ensinamentos da igreja) não era o Deus revelado por Cristo. Martinho se converte, então, ao Deus vivo. Ele agora compreende que as indulgências eram uma falácia e que não haveria penitências nem obras que livraria o homem de seus pecados. Ele escreve: "Então eu compreendi que a justiça de Deus era aquela pela qual, pela graça e pura misericórdia, Deus nos justifica através da fé. Então me achei recém-nascido e no paraíso. Antes, essas palavras, 'justiça de Deus', eram-me detestáveis; agora as recebo com o mais intenso amor." Também deixou aquilo que foi chamado como “o pior erro gramatical do mundo”, isto é, a ideia medieval de que o homem faz-se justo.


As 95 teses de Lutero

No dia 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da Igreja do Castelo, em Wittenberg, as 95 teses contrárias às práticas da igreja, todas relacionadas com a venda de indulgências, mas pregava o arrependimento dos pecados em Jesus Cristo. Lutero não intencionava atacar a igreja, mas queria defender o papa contra os vendedores de indulgências. No entanto, um mês depois as teses já tinham sido traduzidas em três línguas, fazendo estremecer os alicerces do velho edifício em Roma.

Algumas teses:

1) Pregam doutrina humana aqueles que dizem, tão logo tilintar a  moeda lançada na caixa, a alma sairá  voando do purgatório.

2) Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão plena de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.

3) Admoestem-se os cristãos que procuram seguir seu cabeça, Cristo, através de penas, da morte e do inferno.

Queima da bula papal, 1520

Por causa de seus escritos, Lutero recebeu uma bula de excomunhão da igreja, a qual classificou de “bula execrável do anticristo”. No dia 10 de dezembro queimou a bula em reunião pública na porta de Wittenberg.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ADÃO E EVA FORAM REAIS, A BÍBLIA COMPROVA

No próximo fim de semana, as Assembleias de Deus no Brasil estarão estudando a lição de número 3 da revista de Escola Dominical que tem como título "E Deus Criou Homem e Mulher."

À luz da Palavra de Deus, Adão e Eva existiram literalmente, não sendo mitos ou fruto da imaginação do escritor, negar isto traz sérias e incontornáveis problemas para a fé cristã. Não há possibilidade de alguém se dizer cristão e ao mesmo tempo negar a existência literal dos primeiros seres humanos.

Abaixo, alguns pontos extraídos do livro "Manual Popular de Dúvidas Enigmas e 'Contradições' Bíblicas":

Adão e Eva pessoas reais, ou apenas um mito?[1]


Ø  Gn 1 e 2 tratam-nos como pessoas reais;
Ø  Eles tiveram filhos que foram pessoas reais (Gn 4.1,25; 5.1ss);
Ø  As genealogias contemplam Adão e Eva (Gn 6.9; 9.12; 10.1, 32);
Ø  Cronologias posteriores ao AT colocam Adão no tepo da lista (1 Cr 1.1);
Ø  O NT põe Adão no início da lista dos antecedentes de Jesus (Lc 3.38);
Ø  Jesus referiu-se a Adão e Eva como os primeiros “macho e fêmea” (Mt19.4);
Ø  Romanos dclara que a morte literalmente reinou no mundo traziad por um Adão literal (Rm 5.14);
Ø  Em 1 Co 15.45 Adão é tomado de forma literal comparado com Cristo;
Ø  Paulo fala de Adão como uma pessoa Real (1 Tm 2.13).

      Conforme o Texto Sagrado, os primeiros Pais foram reais e não há motivos para negar isso, a não ser que alguém queira flexibilizar a fé na Palavra de Deus.

       Do ponto de vista científico, reportagem veiculada no Jornal Mensageiro da Paz n.º 1565 de Outubro de 2015, assevera a possibilidade genética da existência de Adão e Eva como descrito no relato bíblico:

    Portanto, biblicamente não há motivos para duvidar da existência literal e cientificamente também há
    provas dessa possibilidade, sem que precisemos da confirmação da ciência, claro, para crer.





[1] - GEISLER, Noram e HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” Bíblicas. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.

Lição 03 - Lições Bíblicas Adultos - 4º Trim./2015 - CPAD

Abaixo, disponibilizo vídeo disponível no you tube na canal da CPAD:

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

QUESTÕES CONFLITANTES - PR. CÉSAR MOISÉS CARVALHO

Considerando que a revista Lições Bíblicas/ Jovens deste trimestre trabalha o tema "Estabelecendo relacionamentos saudáveis - Vivendo e Aprendendo a Viver", transcrevo abaixo respostas do Pr. César Moisés Carvalho ao jornal O Globo e que podem ser pensadas juntamente com o tema trimestral da juventude:

"RESPOSTAS A QUESTÕES CONFLITANTES

No último sábado fui procurado pelo Jornal O Globo para falar sobre algumas questões conflitantes que são tratadas sob a rubrica dos "direitos humanos". Abaixo, algumas das questões e as respostas (o parêntese na segunda questão é meu):

COMO DEVE SER O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM PESSOAS DE OUTRAS RELIGIÕES?


Cordial, respeitoso e educado. Assim como todos os demais relacionamentos que desenvolvemos na sociedade. É imprescindível que as pessoas de uma sociedade plural saibam se respeitar. Quem ostenta convicções religiosas deve ser capaz de sustentá-las sem medo, ao mesmo tempo em que precisa ― mesmo não concordando com os pontos de vista de outras religiões ―, opor-se a qualquer espécie de violência (simbólica ou verbal) ou incitação de ódio. Assim, se o meu colega de trabalho, ou vizinho, professa outra religião, não tenho direito algum de hostilizá-lo ou discriminá-lo por isso. Aliás, se realmente tenho o Evangelho de Cristo em minha vida, devo cumprimentá-lo, dirigir-lhe a palavra e tratá-lo como Jesus o faria.


E QUANTO AO DIÁLOGO (INTERRELIGIOSO)?


Do crente com pessoas de outras religiões? Impossível. Toda religião conversionista pensa em termos de “cooptação” e nunca de “cooperação”. Para que as religiões dialoguem “religiosamente” (sendo redundante) é preciso haver “pontos de contato” entre elas, ou seja, convicções e doutrinas que tenham conteúdo semelhante ou similar. Tal tem sido praticamente impossível dentro da própria religião cristã entre as suas múltiplas confissões de fé! Aliás, em uma mesma denominação! Assim, se a questão dissesse respeito a problemas éticos e morais, poderia haver um diálogo e, certamente, muitos pontos de convergência, pois geralmente todas as religiões pensam em promover a paz e a boa ordem no mundo, mas fora isso todos sabem que é impossível.


E QUANTO À APROVAÇÃO DE LEIS CONFLITANTES?


A vida em sociedade, sobretudo plural, deve ser marcada pelo respeito. Informação é fundamental para que a sociedade civil decida o que realmente pensa a respeito de qualquer assunto. Isso se torna ainda mais obrigatório se o tema é conflitante e envolve decisões a respeito da vida. Tal processo de informar não pode dar-se no nível do proselitismo, seja ele progressista ou conservador, pois nesse caso não se está informando e sim “catequisando”. A aprovação de uma lei não pode ficar refém de nenhuma das partes, mas deve contemplar, com responsabilidade, as pessoas que mais necessitam dela. Sou terminantemente contrário ao aborto, por exemplo. Mas e se o caso envolver uma violência de incapaz? Se for um estupro? E se uma criança (de nove ou dez anos que precocemente entrou na fase da puberdade) engravidar do próprio pai ou padrasto? A questão deve ser discutida com responsabilidade e não de forma ideologizada.


VOCÊ SE DEFINE COMO PROGRESSISTA OU CONSERVADOR?


Nenhum dos dois. Principalmente porque, com a polarização da política brasileira, o progressismo está relacionado ao PT e o conservadorismo com o PSDB. Tenho valores, contudo, não vou impô-los a ninguém e, da mesma forma, não aceito alguém impor os dele a mim. De minha parte, prefiro um estado laico a um religioso. Procuro ser equilibrado, pois entendo que algumas pessoas tiram proveito da polarização dos evangélicos e com defensores das causas chamadas de "política de minorias". Sou contra o proselitismo religioso em espaços públicos como na escola, por exemplo, e da mesma forma sou contrário ao proselitismo homossexual que alguns querem impor nesse mesmo espaço."

Disponível em: https://www.facebook.com/cesarmoisescarvalho/posts/1018717424819604


Lição 02 - Lições Bíblicas Jovens - 4º Trim./2015 - CPAD

Abaixo, comentário do Pr.  Esdras Costa Bentho ao texto por ele elaborado para este trimestre de Escola Dominical para faixa etária de jovens. Os vídeos das próximas lições, conforme publicados pela CPAD, serão disponibilizados aqui também.

Lição 01 - Lições Bíblicas Jovens - 4º Trim./2015 - CPAD

Abaixo, comentário do Pr.  Esdras Costa Bentho ao texto por ele elaborado para este trimestre de Escola Dominical para faixa etária de jovens. Os vídeos das próximas lições, conforme publicados pela CPAD, serão disponibilizados aqui também.

domingo, 4 de outubro de 2015

PRECISA-SE DE PREGADORES COMO FILIPE

Inicialmente, vale ressaltar que a seara é grande e há carência de ceifeiros. Contudo, há necessidade de bons ceifeiros, não de homens inabilitados para o manuseio das ferramentas usadas na colheita, do contrário, além de haver grande possibilidade de prejuízo próprio, há também chances de danificar os campos.

Em Samaria chegou, certa vez, um diácono chamado Filipe, o qual, assim como outros, fugiam da perseguição em Jerusalém (At. 8.4-8). Filipe pregava a Cristo aos de Samaria, anunciava ao que fora morto e reviveu à multidão e estas atendiam unânimes às coisas que o pregador dizia, ouvindo-as e e vendo os sinais que ele operava; havia cura, demônios eram expulsos; grandes coisas aconteciam ali pela manifestação do poder de Deus.

Pensemos então, Filipe estava agora no centro das atenções do povo de Samaria, certamente era celebrado por aqueles moradores, pois podia fazer coisas grandiosas e nessas condições era muito cômodo ali ficar, tendo alegria em participar de grandes cultos.

Sabendo que o coração do homem é enganoso e dele procedem todos os males, não é exagero afirmar que, aos olhos humanos, aquele ministério para Filipe era coisas mui desejável e que, se pudesse, não acabaria. Com isso, podemos fazer uma analogia com os ministérios atuais, não? Homens que são levantados por Deus de lugares desconhecidos, obscuros e, de repente, estão sob holofotes, contudo, mesmo que Deus queira apagar as luzes eles insistem em lutar com o Senhor, e isso para que o Mestre mantenha a casa cheia, os hotéis aconchegantes, os vôos constantes, os cachês volumosos e os abraços e honrarias constantes.

A Samaria resolveram enviar apóstolos, a saber, Pedro e João, os quais foram poderosamente usados por Deus naquela cidade (vv. 14-25).

Quanto a Filipe, vemos que o Senhor resolveu transferi-lo para outro lugar a fim de continuar fazendo a importante obra de Deus. Um público maior, isso? Não, pelo contrário, tirou o Senhor seu servo do centro da atenções e levou-o para um caminho deserto (v. 26), e para isso acontecer não foi necessário retirá-lo à força de Samaria, não, apenas um anjo falou que fosse ao lugar determinado e ele assim o fez. Noutros lugares, convites a descer a um "ministério menor", ou a falar a poucas pessoas soa como desonra, como se Deus tivesse o compromisso de manter seus "servidores efetivos" em lugar de destaque e não transferi-los a bem do serviço do reino.

Filipe, agora, desce a pregar a um homem que seguia para sua terra em uma carro. Assentado e lendo o Texto Sagrado em Isaías o viajante nada entendia, mas aproximando-se  Filipe ouviu o que era lido, indagou se o homem compreendia, e tendo este dito que não, Filipe cumpre a missão de ensinar, ainda que a um só homem. Desse episódio registrado em Atos 8.26-38, resultou a conversão e imediato batismo de um que provavelmente levou a santa mensagem ao seu povo.

Filipe, depois, achou-se noutro lugar evangelizando, não importando-se com o número de ouvintes, mas fazendo o que o Senhor da seara determinava.

Precisa-se de pregadores assim, fieis diante de grandes auditórios, mas obedientes e alegres em pregar a um só.  Do contrário, penso que os que selecionam a parte da seara a que falam talvez sejam sócios do Dono, ou talvez saibam administrar melhor do que aquele ordenado os trabalhadores.

sábado, 26 de setembro de 2015

AOS PREGADORES PENTECOSTAIS: UMA MENSAGEM NECESSÁRIA

Abaixo, trecho de ministração de um Pastor Pentecostal, Pr. Elienai Cabral, falando aos pregadores do nosso meio.

Indispensável aos pregadores da atualidade, que são do meio pentecostal, e também aos que não são, mas são críticos, pois a mensagem retrata um padrão que deve ser adotado no meio pentecostal; abaixo o Pastor adverte os que, dizendo-se pentecostais, optam por meninices ou bizarrices.

No primeiro vídeo, um trecho menor, mas muito valioso; no segundo vídeo a ministração completa.


terça-feira, 22 de setembro de 2015

DEVE-SE PREGAR A PALAVRA, PUBLICAMENTE E DE CASA EM CASA. MAS TODOS CONSEGUEM?

No livro de Atos dos Apóstolos, precisamente no capítulo 20 versículos 17-27, Paulo chama os presbíteros da igreja de Éfeso para despedir-se e, durante seu discurso, diz, no versículo de número 20: "... jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa..."

Não obstante a riqueza contida no trecho mencionado, é interessante meditar na parte transcrita.

O Apóstolo dos gentios, o homem instruído aos pés de um doutor da lei [Gamaliel], o missionário incansável, o plantador de igrejas, o homem que escreveu mais da metade do Novo Testeamento afirmou que pregava publicamente a Palavra, mas também de casa em casa.

Anunciar a Palavra publicamente poderia ser algo maravilho como nos dias de Pedro quando quase  três mil creram (At. 2.14-41), ou ainda no Templo, quando o número dos que ouviram e creram subiu a quase cinco mil (At. 3.11 - 4.4), mas não é sempre assim, segundo Paulo também havia a necessidade de anunciar a Palavra de casa em casa, ou seja, a um pequeno grupo ou, quem sabe, a um só indivíduo.

Tal pequeno trecho da Bíblia pode colocar muitos pregadores em sérias dificuldades hoje, pois apesar de exaltarem a Paulo como um grande exemplo a ser seguido, não se sujeitam a pregar a pequenos grupos. Será que julgam ser maiores que Paulo? Será que Deus chama alguns exclusivamente para grandes plateias?

Deveriam sentir vergonha, mais ainda, se observarem o exemplo do meigo Nazareno, pois em alguns momentos afastava-se da multidão para orar sozinho, ou ainda pregava grandes sermões a uma única pessoa, como em João 4.1-30 no episódio da mulher samaritana.

Aos que preferem as multidões em detrimento de pequenas igrejas, cabe a advertência de Paulo a seu filho na fé, Timóteo: "Conjuro-te perante  Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade na doutrina." (2 Tm 4.1,2)

Se convidado a pregar em uma pequena congregação na periferia em que há poucas pessoas e cujo som é propagado seu auxílio de equipamento sonoro, pregue! Se a um grupo de pessoas humildes, distantes do teu grandioso conhecimento intelectual, pregue! Se em um maravilhoso templo, cuja beleza é inigualável, pregue! Se a um só indivíduo, pregue!

Você não foi chamado para fazer a tua vontade, então, em qualquer ocasião, anuncie a grandeza  do Senhor. Do contrário, examine-se a si mesmo e veja se ainda permanece na fé.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO

Eu sei em quem tenho crido

2 Tm 1.8-12

I – INTRODUÇÃO

Contexto da escrita da carta e a situação do Apóstolo.

Breve comentário sobre a vida de Paulo, o qual foi designado pregador, apóstolo e mestre (v.11).

II – O SOFRIMENTO DO APÓSTOLO E SEU MOTIVO (v.12 a)

“e, por isso, estou sofrendo estas cosias;”

O apóstolo estava encarcerado não por ser um criminoso, mas por causa da pregação do Evangelho.

O que estava sofrendo? Prisão em Roma e, depois, decaptação. Além disso, dá uma lista em 2 Co 11.24-27 de provações a que foi submetido.

Ø  Pode o crente sofrer por causa do Evangelho? Sim.

Outros tantos sofreram, muito; por exemplo: Estevão, John Bunyan (12 anos encarcerados por pregar) e, atualmente, os cristãos no oriente, nos países dominados pelo islamismo extremista.

Ø  O que temos temos nós sofrido pelo Evangelho (se é que estamos nEle)?
Chicotadas? Apedrejamentos? Naufrágios por causa de nossa diligência em legar a mensagem a outros? Nudez? Ameaças de morte?

Ø  Talvez haja algum problema na visão acerca do Evamgelho, naquilo que o povo dele espera. O que esperamos do Evangelho?

Esperamos que ele nos enriqueça? Que nos faça pequenos deuses enquanto vivemos aqui?

III – NÃO HÁ VERGONHA PARA OS QUE CREEM

1     “todavia não me envergonho”(v. 12 b)

Apesar de todas as aflições e humilhações; apesar das ameças de morte; apesar do abandono que sofrera (2 Tm 4. 9,10,16,17) dizia Paulo: “não me envergonho”.
Ø  E nós, temos nos envergonhado do Evangelho? Ou ainda, temos sido uma vergonha para o Evangelho?

2)    “porque eu sei em quem tenho crido” (v. 12c)

2.1) Fé pessoal : “eu sei”; cada cristão deve exercitar a própria fé, buscar fortalecê-la e fazê-la crescer pela leitura da Palavra, oração, jejum e entrega ao Senhor.

2.2) Fé em alguém (Cristo): “em quem”; Paulo não cria em nada [deuses] a não ser em Cristo; creu antes na interpretação fariseu da Lei e cometeu pecados em nome de Deus.
A fé do apóstolo é em um Deus pessoal, não em ídolos mortos.

Não basta ter fé, mas devemos tê-la em Deus, pois existem outros tipos de fé:

v Fé intelectual: os que creem que Deus é um só (Tg 2.19)
v Fé dos demônios: creem e até estremecem (Tg 2.19)

Ø  Em quem temos crido?

Em uma religião? Em um sistema de regras humanas limitadas a fazer e não fazer? Cremos numa igreja? Cremos no inferno e somos impulsionados, por medo, a abraçar uma religião? Cremos na cura ou  prosperidade?

Cremos em Cristo Jesus para a salvação!

“Se com a tua boca, confessares jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” Rm 9.10

IV – A CONFIANÇA FIRMADA NA FÉ OLHA PARA AQUELE DIA

“... e estou certo que é poderoso par guardar o meu depósito até aquele Dia” (v12 d)

Apesar de estar à beira da morte, o Apóstolo cria em Deus e olhava firmemente para o que estava por vir, o que também afirmou em 4.6,7 e 8:

“Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa de glória me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os quantos a amam a sua vinda.”

Cremos em Deus, que guardará o que nos foi confiado por Ele até o dia em que findarmos nossa batalha.

Nossa esperança não está limitada a esta vida, pois, como já disse Paulo, se assim fosse seríamos os mais miseráveis dentre os homens.

V - CONCLUSÃO

O cristão verdadeiro sofre por causa do Evangelho, pois a conduta daquele como servo de Deus trará implicações de confronto com o mundo,  a carne e o diabo, o que certamente causará sofrimento em diferentes escalas aos que creem.


Mas, apesar de aflições internas, do mundo e até mesmo entre irmãos, cremos e não desfalecemos, pois sabemos em quem temos crido e que Ele é poderoso para nos guardar até aquele Dia.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A RESSURREIÇÃO DE JESUS, UMA VISÃO APOLOGÉTICA (ATUALIZADO PARA - LIÇÃO 13 REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS)

Falar sobre a ressurreição de Jesus é algo que pode gerar muitos questionamentos para aqueles que não creem que Ele é o filho de Deus e que foi por Ele ressucitado após morrer na cruz, ou ainda, em alguns que creem mais ainda têm certas dúvidas. Para os cristãos em geral não há problemas em crer em tal Doutrina, mas há algumas pessoas que se sentem intrigadas com alguns pensamentos acerca da ressurreição, por isso veremos aqui alguns pontos bíblicos, históricos e lógicos que corroboram com a ressurreição de Jesus como fato histórico autêntico e inegável, sem o qual seria infundada nossa fé nEle como o Filho de Deus.

Paulo afirma na carta escrita à igreja em Corinto que se a ressurreição não fosse verdadeira nossa fé seria vã, sem sentido, sem lógica, infundada, contudo, se Cristo ressucitou Ele é o Fillho de Deus e nossa esperança é real e verdadeira , assim como todas as Suas Palavras e promessas.

"E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé." I CO 15.14

Os livros de apologética têm tratado sobre a questão da ressurreição de Jesus sobre vários aspectos e sob o olhar de vários examinadores, quero aqui citar um deles, Gary Habermas, estudioso que segundo Geisler "completou a mais ampla investigação já feita até o momento sobre o que os estudiosos acreditam a respeito da ressurreição de Jesus. Habermas reuniu mais de 1.400 obras dos eruditos mais críticos que falam sobre a ressurreição de Jesus, escritas de 1975 a 2003. Na obra The Risen Jesus and Future Hope [O Jesus ressurreto e a esperança do futuro] ".[1]
São vastos os argumentos de Habermas e outros estudiosos sobre o assunto, não só os estudiosos cristãos, sejam eles de posicionamentos teológicos diferentes ou não, concordam com o fato histórico da ressurreição de Jesus como também alguns céticos veem o acontecimento como um fato, é o caso do filósofo ateu Michael Martin que afirma a ideia de que Paulo realmente encontrou-se com o Jesus ressurreto: "Entretanto temos apenas um relato de uma testemunha ocular contemporânea sobre a aparição de Jesus após a ressurreição, a saber, o de Paulo"[2]
Vejamos alguns dos pontos mais claros que mostram evidências satisfatórias da ressurreição de Jesus, lembrando que seria impossível transcrever e abordar aqui todos os argumentos que colaboram com essa visão.



O Testemunho de Paulo e dos discípulos

Segundo o texto bíblico Paulo era um perseguidor da igreja cristã, consentiu na morte de Estevão (At 8.1) e oprimia os cristãos sob perseguição cruel (At 8.3); como se converteria instantaneamente ao cristianismo? Àquilo que perseguia e era considerado por ele como um mal à sociedade judaica? Somente um real encontro com Jesus Cristo poderia fazer com que Paulo se convertesse, e esse encontro é narrado por ele mesmo em Atos quando ele pediu ao Sumo Sacerdote carta autorizando-o a prender cristãos em Damasco. No caminho para Damasco deparou-se como uma forte luz e uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Atônito ele pergunta quem era e o próprio Jesus responde a Saulo revelando-se a Ele como o Senhor da igreja, era Jesus a quem ele perseguia. Ao chegar no destino Paulo já era outra pessoa, sua experiência o fizera abandonar seu primeiro propósito de perseguir os cristãos tornando-se agora um seguidor de Cristo. Por inúmeras vezes Paulo testifica da veracidade da ressurreição de Jesus (I Co 9.1; 15.8; Gl 1.16).

Em I Co 15.3,4 Paulo afirma ter recebido o ensinamento da morte e ressurreição de Cristo de outras pessoas, dos outros apóstolos provavelmente, isso estava de pleno acordo com a experiência que tivera a caminho de Damasco com Jesus ressucitado, o ensinamento de Jesus da ressurreição já era corrente entre todos os cristãos da época pois muitos já haviam testificado
da aparição do Messias após sua morte: Maria Madalena (Jo 20.10-18); Maria Madalena e outra; Maria (Mt 28.1-10); Pedro (1Co 15.5) e João (Jo 20.1-10); Dois discípulos (Lc 24.13-35); Dez apóstolos (Lc 24.36-49; Jo 20.19-23); Onze apóstolos (Jo 20.24-31) Sete apóstolos a o 21); Todos os apóstolos (Mt 28.16-20; Mc 16.14-18); Quinhentos irmãos (1Co 15.6); Tiago (1Co 15.7); Todos os apóstolos (At 1.4-8)
O que levou os discípulos de Jesus a uma transformação tão repentina? O que poderia ter acontecido a eles que os levassem a doar a vida pela causa de Cristo?
Não há resposta melhor de que o fato que Jesus realmente aparecera a eles após a Sua morte. O sepultamento do Jesus é informado em fontes antigas que Paulo inclui na sua primeira carta aos Coríntios ( 15.4), esses relatos podem se datados de aproximadamente cinco anos após a morte de Jesus, portanto não podem ser lendários, o espaço de tempo é extremamente curto para a criação de uma lenda e fixação, também havia nos dias de Paulo testemunhas vivas da ressurreição de Jesus, eles podiam atestar que os relatos eram verdadeiramente fiéis.
A transformação dos discípulos foi algo singular e incontestável, de forma instantânea eles passaram a crer que Jesus lhes havia aparecido e estavam agora dispostos a darem a vida pela causa de Cristo, a convicção deles foi tão forte que já não achavam relevantes os temores e provações que poderiam passar, pois a ressurreição de Jesus garantia-lhes o céu. Veja o que Pedro relata em sua carta, ele que foi testemunha ocular do Jesus ressurreto:" Bendito seja o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcecível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais,embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações."I Pe 1.3-5
A convicção de Pedro e dos outros discípulos que Jesus havia ressucitado era tão forte, que levou muitos deles a serem martirizados pela sua fé, por sua convicção na vida eterna garantida por aquele que havia vencido a morte; a história da igreja está repleta de pessoas que deram a vida pela causa de Cristo, não só as testemunhas oculares mas vários cristãos tiveram suas vidas transformadas pela realidade da ressurreição de Cristo, realidade que é crida até hoje e que tem feito pessoas paderecerem por sua fé em vista da convicção do céu que lhes aguarda. No século XIV a história nos relata que John Huss foi morto pela causa de Cristo, por crer e propagar as verdades do Evangelho morreu queimado cantando Salmos e profetizando: " hoje vocês queimam o ganso ( Huss na língua Boêmia significa Ganso ) mas daqui há cem anos Deus levantará um Cisne a quem não podereis queimar." O que aconteceu: 102 anos mais tarde,1517, Martinho Lutero iniciou oficialmente a Reforma Protestante. É incontavel o número de pessoas que doaram a vida pela causa de Cristo, tanto nos dias apostólicos como após, e até os dias de hoje pessoas morrem por não negarem a Cristo.
Outro importante fato que nos mostra a veracidade dos escritos acerca dos testemunho real da ressurreição de Jesus é o registro de que mulheres viram-no ressurreto, o testemunho de mulheres não era considerado fidedigno, por isso eram proibidas de testemunharem nos tribunais judaicos, só a veracidade do fato poderia levar os escritores a registrar o testemunho delas.
Também sabemos que José de Arimatéia foi quem emprestou o túmulo para o sepultamento de Jesus, isso nos leva a entender que todos sabiam a localização exata do túmulo de Jesus, era algo público; é conhecido que Arimatéia era membro do sinédrio que condenara Jesus e é impensável que um grupo de religiosos envolvessem o nome de um membro do sinédrio em uma mentira. Esse fato também mostra-nos como a ressurreição de Jesus é algo verdadeiro.
O fato de Jesus ter ressucitado nos tem movido até os dias de hoje, levando-nos a defender uma fé centrada no filho de Deus que se doou em favor de toda a humanidade e que uma vez mais voltará para nos levar para junto dEle, mas ainda que não testemunhemos tal acontecimento maravilhoso estaremos com Ele quando fecharmos os olhos para este mundo.
" Se Jesus de Nazaré realmente ressucitou dentre os mortos, então nós temos um milagre divino em nossas mãos e, assim, uma evidência da existência de Deus"[3]- Willian Lane Craig.
Portanto nossa fé não é vã, e nosso credo é imcomparavelmente distinto dos apresentados por outras religiões, nossa fé está fundada em algo totalmente fiel e verdadeiro, o que nos distingue de todos os outros seguidores de qualquer religião no mundo, a verdade absoluta existe e ela está em Cristo.
Bibliografia:

GEISLER, Norman; TUREK, Frank. Não Tenho Fé Suficiente para ser Ateu . 2ed. São Paulo: Editora Vida Acadêmica, p. 222.

BECKWITH, Francis J.; CRAIG, Willian L.; MORELAND, J. P.; Ensaios Apologéticos, Um Estudo para uma Cosmovisão Cristã. 1ed.Dezembro: Hagnos, p.225.
STROBEL, Lee. Em Defesa da Fé. 2. ed. São Paulo. Editora Vida Acadêmica, p. 109.

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