sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ELE RECONHECEU QUE ERA PECADOR (Lc 23.32-43)





Introdução

Os fatos narrados antes dos descritos na passagem em análise mostram Jesus perante Pilatos e, mesmo este não achando mal nenhum no Senhor, o povo pediu que fosse crucificado e solto o homicida Barrabás. Satisfazendo a vontade do povo, Pilatos manda soltar o criminoso e a Jesus entrega à vontade da multidão.

O texto da crucificação de Jesus é conhecido por todos nós; está registrado em todos os Evangelhos, mas dentre os registros só Lucas relata o diálogo dos dois malfeitores ao lado de Jesus. A princípio parece que os dois malfeitores (ou ladrões?) injuriaram Jesus, mas depois, por algum motivo, um deles reconheceu que Cristo era o filho de Deus e no diálogo destes dois homens há importantes observações e lições que se aplicam à nossa vida.      


                                             I.            Dois malfeitores, as autoridades e os soldados.

 (vv. 32,33) No versículo 32 Lucas identifica que mais duas pessoas, além de Jesus, foram também levadas para a crucificação; eram malfeitores, criminosos dignos de morte segundo a lei daquele povo. O versículo 33 reafirma que eram malfeitores, e que foram crucificados ao lado de Jesus, um à direita e outra à esquerda. Cumpria-se ali o profetizado por Isaías (cf. Is 53.12)

(v. 34) Apesar de crucificado, entregue à morte, Jesus roga ao pai o perdão sobre os que lhe injustamente faziam mal.

(v. 35) As autoridades zombavam de Cristo e lhe disseram que se fosse Deus deveria salvar-se, ou seja, descer da cruz; só assim iriam crer (cf. Mt 27.42).

(vv. 36, 37) Também os soldados disseram o mesmo: "se és o rei dos judeus salva-te a ti mesmo". E isto se deu pois Jesus pregava a salvação aos que nele cressem, agora usam isto para dizer a Cristo que deve salvar-se também.

(v. 38) Chamaram-no rei, mas debochando do que Ele pregava a seu respeito, não porque criam que o fosse.


                                           II.            O diálogo entre os malfeitores.

(v. 39) Agora, eram três homens pendurados no madeiro, expostos à vergonha diante de uma multidão (v. 27).

Naquela circunstância um dos malfeitores inicia um diálogo e, assim como as autoridades e os soldados, dirige-se a Jesus e diz que se Cristo fosse Filho de Deus deveria salvar-se e também a eles [criminosos crucificados]. O ladrão vê na ocasião uma possibilidade de Cristo descer da cruz e também livrá-lo e ao outro malfeitor.

O ladrão questiona a deidade de Cristo, sua filiação divina e se de fato era quem dissera ser todos os dias que esteve na terra. Mas, para provar que era Deus deveria descer daquela cruz, caso contrário não o seria.

Na verdade, o criminoso não estava interessado em saber se Jesus de fato era o Cristo, mas via naquilo uma última chance ser salvo também, afinal, sua condenação o levaria dentro instantes à morte; queria que Jesus atendesse seu mais íntimo e antropocêntrico desejo: o de ser salvo da condenação mesmo sendo devida. 

Não estava interessado no cumprimento da lei e dos profetas, mas sim que Deus saciasse seu desejo. É assim hoje? Você procura ao Senhor para que? Para que Ele satisfaça tuas vontades ou para que você como servo o obedeça? Talvez parte dos problemas de alguns cristãos são gerados por crerem que Deus deve atendê-los em tudo.

* Segundo Mateus e Marcos os dois ladrões injuriavam o Senhor, contudo, vemos a mudança de comportamento em um deles, pois deixara de zombar do Senhor e vira sua própria condição detestável, assim, arrepende-se e crê no Senhor. 

(v. 40. 41) O outro malfeitor repreende o primeiro questionando se não temia a Deus.
Este transgressor temeu a Deus; ao primeiro malfeitor faltou temor. A falta de temor a Deus, de conhecimento acerca Dele, leva-nos a orar de forma errada, leva-nos a pedir de maneira equivocada. Não vês o primeiro ladrão? Sua falta de temor e conhecimento acerca de Deus o levou a pedir para satisfazer seu próprio interesse, neste sentido Tiago diz: 4.3- “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”.
 
O que diziam as Escrituras acerca do Cristo? Deveriam saber. O que diz a Bíblia acerca do nosso Senhor? Devemos saber para pedir bem, orarmos melhor. Nós devemos servir a Cristo e Sua igreja, e não sermos por eles servidos.

O conhecimento de Deus leva-nos a orar como é devido, a termos sentimentos e desejos que decorrem de Deus e, assim, pedirmos o que é da vontade Dele e sermos satisfeitos Nele. O problema naquele pecador interesseiro não estava em Cristo não atender seu pedido, mas no fato de pedir algo que não procedia de Deus, daí o motivo de não ser atendido.

O segundo malfeitor:

Reconheceu sua culpa: em seguida, afirma que a condenação que sofriam os criminosos era devida, pois eram merecedores em virtude do mal que fizeram;

Defendeu” sua fé em Cristo e o que Ele é, pois estavam sendo mortos justamente, mas Cristo, este era justo e não merecia tamanha injustiça. Naquela situação difícil teve forças para confessar Cristo seu Senhor, assim como muitos homens de Deus no passado, que mesmo em situação adversa confessaram Cristo. Porque situações tão pequenas às vezes fazem-nos ter a fé abalada? Às vezes por pouca coisa nega-se o Senhor.


                                        III.            O malfeitor confessa a Cristo como Rei.

 (v. 42) O ladrão arrependido agora reconhece a realeza de Cristo, pois confessou que Cristo tinha um reino, que era Senhor. Talvez se lembrou do Salmo 24: “levantai ó portas as vossas cabeças, para que entre o REI DA GLÓRIA”.

Creu que um dia o Senhor voltaria, ainda que morresse; creu que ressuscitaria pois disse que retornaria em Seu Reino.

Este malfeitor não importava em voltar ao mundo de pecados, de descer da cruz e ter satisfeito seus desejos. Na verdade, quem creu no Senhor e o tem como Salvador, de fato, não está tão interessado a voltar às práticas anteriores, ainda que diante da morte esta é lucro e o viver deve ser para Cristo, pois elas [ as velhas práticas], morreram, tudo se fez novo, quem furtava não furte mais (Ef 4.28), quem mentia não minta mais...

Também podemos entender que o ladrão dizia: ainda que não me tires esta dor agora; ainda que sinta horríveis dores até morrer, quando vieres no Teu Reino, lembra-te de mim, ou seja, Tu és tão grande, és Rei, tens um Reino, servos, criastes a terra, humilho-me perante ti, salva-me.


                                        IV.            A manifestação de Cristo.

(v. 43) A fé daquele homem toca o Senhor; Cristo sonda-lhe o coração e vê que aquele homem creu, por isso promete-lhe a salvação, na verdade salva-o naquele instante. 

A salvação é condicionada ao crer no Senhor, e quem de fato crê O obedece, pois lhe reconhece o senhorio.

Cristo sabia o que se passava no coração dos dois crucificados; a um só deles dirigiu a palavra; o outro, por não crer já estava condenado.

Só a voz de Cristo pode trazer a paz em meio à tormenta; naquela hora o malfeitor que creu nada mais disse, calou-se, talvez expirou. Talvez ninguém consiga consolar-te na tua dor, mas Cristo pode dar paz a você, pode confortar-lhe o coração mesmo em meio ao mar bravio. À viúva de Nain Ele disse não chores; às irmãs de Lázaro que Ele viveria (mesmo estando morto); aos pais da menina morta, que ela dormia.

Mas é preciso que você se aproxime dele crendo que Ele é Senhor e não buscando apenas satisfazer seus desejos pessoais e depois ir embora. Será que se Cristo descesse da cruz e salvasse aqueles criminosos, o que lhe afrontou se tornaria um discípulo fiel? Se conceder tanto o que você pede, você vai continuar servindo-o? Vai ser mais fiel?

Após aquele diálogo Cristo rende o espírito e morre. Não tiveram outra oportunidade para examinar a fé que tinham no filho de Deus e mudarem de ideia. Um dos ladrões passou a Crer em Cristo. E você, hoje pode rever seus conceitos, tudo que creu e como se aproximou do Senhor. O que Ele representa pra você? O que seu nascimento e morte importam? Em uma fonte de satisfação de desejos, ou mostra de uma vez por todas que Ele é Senhor, Rei, que voltará?


                                          V.            Conclusão

Não há maior vitória para o homem do que crer que Ele é Senhor, apesar da adversidade, ainda que morramos. 

Mas ainda hoje,  o Senhor nos chama ao arrependimento, ao coração contrito, quebrantado. Se assim nos apresentarmos diante dele, se confiarmos a Ele nosso coração, se entregarmos a Ele nosso caminho Ele tudo fará. Se nos humilharmos sob Suas potentes mãos, Ele nos exaltará em tempo oportuno. Mas importa primeiramente que nos aproximemos Dele com fé, crendo que é o filho de Deus.

              Teus anseios e pedidos devem ser confiados a Deus que não erra; que é Senhor; que cuida daqueles que o amam, que o temem. Pois Ele tem pensamentos mais altos que o teu; Sua vontade é boa, perfeita e agradável.

                 Ao se aproximar Dele, reconheça que você é pecador, que Dele necessita da misericórdia e peça sabiamente.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Não podem obrigar psicólogos a "curarem" homossexuais, mas impedem os que querem trabalhar.

Depois de tanto tempo sem postar as férias vão cooperar para a volta ao blog.

No blog do Lauro Jardim, em Veja.com, um breve post sobre proposta de deputado da bancada evangélica, João Campos, acerca projeto apresentado na Câmara para regulamentar tratamento psicológico para curar gays.

Dep. João Campos

Primeiro post:


"O extravagante deputado goiano João Campos, integrante da bancada evangélica, apresentou em 2 de junho um projeto na Câmara para regulamentar o tratamento psicológico para a “cura do homossexualismo”.
Alvo de críticas de todas as latitudes, Campos garante ter “estudos científicos” que demonstram o sucesso de “terapias de reorientação” em grupos de homossexuais.
Mas será que ele acredita realmente nisso? Campos explica:
– Desde que o homossexual queira, é completamente possível. Depende da vontade dele de querer voltar. Conheço um ex-gay que já participou de concursos de gay mais bonito e hoje está casado e tem filhos em Goiás. Criou uma associação para dar suporte psicológico a ex-gays".


"Roberto Lucena (PV) deu ontem parecer favorável ao controvertido projeto da ‘cura gay’ na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.
Apresentado pelo goiano João Campos, a proposta tenta regulamentar o tratamento psicológico para a “cura do homossexualismo” (Mais detalhes em De Onde Saiu a Ideia).
O avanço do estapafúrdio projeto já produziu polêmica. O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo já recolheu mais de 15 000 assinaturas virtuais contra a proposta."

Mais extravagante é o fato de há tempos o Conselho de Psicologia ter censurado a psicóloga evangélica que atendia homossexuais que queriam se livrar dos comportamento homo e ter proibido a mesma de continuar os atendimentos. Fundado em que proíbem alguém de fazer um tratamento voluntariamente por querer se livrar de algo que julga incorreto?
A entrevista de Rozângela Alves Justino está aqui, na mesma Veja.com.
Analisando os fatos, parece-me que é proibido:
1) psicólogo auxiliar profissionalmente homossexual que deseja ser hétero;
2) o homossexual procurar tratamento com profissional para deixar o comportamento que não deseja;
3) propor regulamentação de um tratamento que é impedido, ilegalmente, pelo movimento homossexual. 
Portanto, pode-se tocar na liberdade de gays que procuram tratamento para serem héteros e proibir que profissional na psicologia use seus conhecimentos acadêmicos para auxiliar quem lhe procure.
Que país é este?
Incentivar hétero a se tornar homossexual pode?

UMA PASTORA NO MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS.

No vídeo abaixo, a nova Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos concede entrevista ao canal CPAD. Dentre outras coisas, Damares fal...