
Passamos cinco dias em festa, foram dias de
bençãos, dias em que ouvimos a Palavra do Senhor continuamente, falou-nos o Senhor repreendendo, confortando, exortando e consolando,
todo os que ali estiveram, ou
acompanharam pela
Internet,
puderam ouvir a voz do Senhor.
Aqueles que se identificam mais com mensagens onde a particularidade do pregador o leva a ser mais "animado" , usar um tom de voz mais elevado e tal, foram satisfeitos; aos que preferem ministrações mais expositivas, como um estudo bíblico bem explicado, também foram satisfeitos.
Chamo a atenção não para o estilo de cada pregador e, sim, para o conteúdo pregado, exposto perante o povo de Deus, isso deve ser analisado à luz da Bíblia.
Em uma das preleções ouvimos um mensageiro ler um texto que não era o do tema do congresso, isso acontece em vários lugares. Após ler o texto não se prendeu àquilo que leu para expor seu conteúdo ao público, antes, dissertou sobre outros textos, experiências de outras pessoas e ainda gastou boa parte de seu tempo tentando animar o público para que chegasse a um nível de empolgação que lhe agradasse.
Infelizmente não foi uma mensagem cristocêntrica, não enfatizou a necessidade de o homem se voltar com arrependimento para Deus e se humilhar diante dEle, que pena.
Um ministro com estilo totalmente diferente do primeiro, ministrou de forma sistemática a Palavra de Deus, sem gritos eufóricos, sem tentar manipular a massa, aliás, acho que é isso que acontecia nos templos bíblicos, pregava-se a mensagem de Deus sem se interessar se o povo iria ou não se agradar. Será que não é essa a missão daqueles que pregam a Palavra? Pouco importa se o público foi ao delírio ou não, importa que se fale a Palavra de Deus com conhecimento, unção e propriedade, somos obrigados a semear somente, quem conhece o terreno onde caiu a semente é o Senhor, ele é que fará crescer e frutificar.
Eu, particularmente, prefiro os menos eufóricos e uma mensagem com cunho reflexivo, que nos faça enxergar nossa necessidade de aproximação ao Senhor, mas assim penso eu, falho e cheio de imperfeições.
Houve um pregador que "profetizou" uma mensagem a alguém, infelizmente nada do que foi falado era verdade. Entoaram-se cânticos de "fogo" e o "fogo pegou", quando questionado e ao dizer que não havia nada de bom na letra ( não na pessoa), fui visto com outros olhos, dizia-se: " mas o irmão tem unção !", " Deus operou".
Qual é mesmo o conceito de unção?
Então o mestre que ministrou a Palavra de forma profunda e que não provocou o "fogo", não tinha unção? Que será mais árduo, pesquisar na Palavra sob oração, constantemente ou cantar durante alguns minutos um cântico embalado por um ritmo balançante que empolga o povo?
Em outros artigos comentarei sobre o operar de Deus nos dias que estivemos em festa. Neste primeiro artigo sobre os onze anos de nossa igreja desejo apenas que reflitamos mais acerca de nossos conceitos.
em Cristo.